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Luís Roberto Barroso, presidente do STF
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, em sessão de 26 de setembro de 2024.| Foto: Antonio Augusto/STF

O jornal O Estado de S.Paulo, em editorial, comentou a fala do ministro presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que em entrevista ao Valor Econômico disse que, quando terminar a presidência, terá conseguido fazer uma total “recivilização” do Brasil. Já se disse muito sobre isso, mas eu ouvi o vice-prefeito de Porto Alegre fazendo uma argumentação absolutamente válida: quem faz a civilização não é o Estado, é a nação. O Estado está a serviço da nação; o Estado vem depois da nação; o Estado serve a nação; o Estado obedece a nação. É a nação que diz ao Estado como ele deve ser civilizado, e se o Estado não for civilizado a nação faz outro Estado. Digo isso para que a cidadania se dê conta de que todo poder emana do povo, mas o povo tem de saber exercer esse poder. Não pode se deixar conduzir. O povo é que conduz o Estado.

Soa quase um totalitarismo, ou no mínimo arrogância, que alguém do Estado – no caso, o presidente do Supremo – a diga que vai “recivilizar” o país. É totalmente estranho, e até paradoxal, porque em país civilizado não se vê juiz dando entrevista a jornal. E Barroso disse isso em entrevista a um jornal. É um princípio do Poder Judiciário que juiz só fala nos autos.

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Tragédia no Rio com envenenamento de duas crianças

Aconteceu algo muito triste no Rio de Janeiro: um menino morreu e outro está hospitalizado no Miguel Couto. Ambos estudavam na mesma escola. Os médicos examinaram o que está hospitalizado e descobriram restos daquele veneno, o chumbinho. Fizeram uma lavagem intestinal nele, mas o outro morreu. O que sobreviveu, de 7 anos, se chama Benjamin. E o que tinha 6 anos se chamava Ythallo. Queria alertar os pais para o que que acontece na escola, no caminho da escola. É algo que certamente não aconteceria em escola cívico-militar.

Nomes diferentes demais são peso na vida das crianças

Mas queria lembrar algo que não tem a ver com este menino, especificamente. O nome dele é um belo nome, mas, se ele tivesse sobrevivido, teria de soletrá-lo a vida toda, porque o pai ou a mãe registraram Ythallo, em vez de Ítalo. Pais, não façam isso com seus filhos. Não inventem nomes que eles terão de soletrar para o resto da vida. Não pode mais chamar criança de João, Antônio, Luiz, Alberto; tem de colocar Y, K, letra dupla, H. Isso é uma maldade que os pais fazem para atender sei lá que tipo de desejo, naquele momento do registro.

Anielle Franco depõe nesta quarta sobre suposto assédio de Sílvio Almeida

Nesta quarta-feira, na Polícia Federal, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, presta depoimento sobre a mão boba do então ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, que foi demitido depois da denúncia da Me Too, uma organização que acolhe pessoas vítimas de assédio sexual. Parece que o governo já sabia, mas, como o caso se tornou público, não houve outra saída a não ser demitir o ministro. A substituta de Almeida, Macaé Evaristo, está fazendo um alerta, pedindo cuidado com denuncismo, que muitas vezes não é assédio sexual, é brincadeira, não é real. De qualquer maneira, a ministra Anielle vai depor e todo mundo deve estar curioso para saber dos detalhes desse depoimento, que certamente vai ficar sob sigilo autorizado pelo Supremo.

Prepare-se para o salto na próxima conta de energia elétrica

Esta quarta-feira é o segundo dia em que nós estamos tirando mais dinheiro do bolso para pagar a eletricidade. Entrou a bandeira vermelha 2, dando um salto no preço de 100 kWh, de R$ 4,46 para R$ 7,88.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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