O presidente Lula e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticaram agências reguladoras recentemente.| Foto: Ricardo Stuckert/PR
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Falei outro dia sobre a briga entre Lula e a Anvisa, aquela agência autônoma que se encarrega de licenciar ou não remédios e vacinas. Lula disse que a Anvisa está demorando para aprovar remédios, e a agência respondeu que está com 120 vagas que o governo não preenche.

Agora é a vez do ministro de Minas e Energia, que está brigando com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que também é autônoma, fiscalizada pelo Congresso e pelo Tribunal de Contas da União. Alexandre Silveira disse que a agência é inerte e tem de deixar quem ganhou a eleição fazer política. A Aneel respondeu que está cumprindo sua obrigação, que também está precisando de gente, e não tem como resolver. A economista Elena Landau – do Massachusetts Institute of Technology, de Boston, e também da PUC-Rio, da geração do pessoal que fez o real – disse que o ministro de Minas e Energia está alinhado aos lobbies do setor. Deve ser uma referência a Joesley e Wesley Batista, em benefício dos quais saiu uma medida provisória do presidente Lula, numa transação de compra de usinas na Amazônia.

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Mais mortes súbitas e males cardíacos entre jovens 

Por falar em Anvisa, será que ela ou algum outro órgão está investigando o que há de comum entre todas essas mortes súbitas, repentinas, de jovens, todas de parada cardíaca? Agora mesmo aconteceu em Rio Verde (GO), com uma rainha do rodeio de 24 anos; o coração parou. O zagueiro Juan Izquierdo, do Nacional do Uruguai, 27 anos, teve parada cardíaca durante um jogo, jogou 39 minutos e caiu no Morumbi. Foi levado para o Hospital Albert Einstein, mas já tinha tido parada cardíaca, e a última notícia triste é de que já houve comprometimento do cérebro, porque faltou oxigenação enquanto o coração estava parado. Assim, tudo de repente, com atletas que treinam, eu fico curioso para saber qual é o ponto comum que está causando isso.

Único mérito de Kamala é não ser Biden nem Trump, diz The Economist 

The Economist é uma revista que tem 180 anos, editada na Inglaterra, e é lida por todo mundo que faz negócios. Vejam o que disse a Economist sobre Kamala Harris, candidata democrata à presidência dos Estados Unidos: ela tem “planos raquíticos” na economia e “enevoados”, cobertos de neve, que não dá para ver, na política externa. E não tem pressa para se explicar. Ela se destaca apenas “por não ser o cambaleante Biden nem o presunçoso Trump”. Que análise pesada fez a Economist.

Terremoto em Portugal: Cruz Vermelha ensina o que fazer quando a terra treme 

Estive conversando com brasileiros que sentiram o terremoto em Lisboa na madrugada de segunda-feira. Eles levaram um susto; para alguns, foi a primeira vez que passaram por isso. Eu já passei por três: um em Tóquio, no 40.º andar do hotel New Otani; um na Califórnia, ao pé do Monte Whitney, que é a montanha mais alta dos Estados Unidos fora do Alasca; e outro em Arequipa, no Peru. Recebi de Lisboa a informação que a Cruz Vermelha distribui para todos sobre o que fazer ao ser surpreendido pelo terremoto – ou “terramoto”, como chamam lá; ou “sismo”, como chamam mais ainda – e o que fazer depois.

É importante, por exemplo, não sair para a rua; se for preciso sair, não é bom ficar perto de prédios altos e fios de eletricidade, por causa do vidro. Quem se mantiver dentro de casa não deve ficar ao lado de uma janela, porque o vidro pode estilhaçar; de preferência, é melhor se colocar embaixo do vão da porta, ou junto a uma daquelas paredes principais da casa, as mais grossas, mais firmes. Como prevenção, recomenda-se não colocar coisas pesadas em cima de armários, apenas nas partes mais baixas, e certificar-se de que os lustres e quadros estão bem fixados no teto e nas paredes.

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Nunca se sabe quando vai acontecer algo assim; esse terremoto em Portugal foi às 5 e pouco da madrugada. Durou oito segundos, mas segundos viram uma eternidade na hora em que tudo está se mexendo.