O presidente da República decidiu não mandar de volta para Tel Aviv o representante do Brasil em Israel. Transferiu o embaixador para outro posto – ou seja, está interrompendo a relação diplomática com Israel. É uma relação mais que histórica, porque foi um brasileiro, Oswaldo Aranha, quem, presidindo a assembleia da ONU em 1948, encontrou o momento certo para votar e aprovar a criação do Estado de Israel.
Nossa ligação com Israel vai além da Bíblia. É uma ligação secular, além da existência da comunidade judaica que temos no Brasil. Mas claramente a ligação de Lula é maior com o Hamas que com a única democracia do Oriente Médio. Lula prefere Maduro, Chávez, Ortega, o Irã. É lamentável. Não representa a vontade dos brasileiros, sem a menor dúvida, embora esteja na presidência da República pela vontade de metade e mais um pouco dos eleitores brasileiros.
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Se Lula quer eletrodoméstico barato no Rio Grande do Sul, podia tirar os impostos
Vi, também, uma declaração de Lula pedindo para o vice Geraldo Alckmin baratear eletrodomésticos como fogão, refrigerador, máquina de lavar roupa e micro-ondas, no Rio Grande do Sul. Foi manchete das agências ufanistas, não da agência oficial. Não sabia que Alckmin tinha rede de lojas de eletrodomésticos. Acho que ele tem é de conversar com o comércio de eletrodomésticos do Rio Grande do Sul. Mas, enfim, produziram a notícia porque Lula fez o pedido, e agora podem dizer que, se não baratearem, não é culpa do Lula, porque ele pediu.
O Congresso aprovou – e os lojistas não gostaram – a tal da “lei da blusinha”. Estavam entrando muitas compras abaixo de US$ 50 feitas por comércio eletrônico, muitos produtos chineses, e estava tudo isento. É uma concorrência absolutamente desleal com o comércio brasileiro. Estabeleceram 20% de imposto de importação, mas o comércio continua chiando porque não é o suficiente, pois aqui no Brasil os impostos são altíssimos. Então, se o governo decidir, aí, sim, tirar os impostos de eletrodomésticos no Rio Grande do Sul, vão poder comprar e o comércio gaúcho ganhará um novo alento, porque aconteceu não apenas invasão e saque de lojas, mas também de depósitos. Tudo isso vai para a conta das despesas com a enchente no Rio Grande do Sul, que o jornalismo domesticado chama de “catástrofe climática”.
Rejeição pode definir uma eleição, mais que a intenção de voto
Sempre se sabe que, quanto mais rejeição tem a pessoa, menos chances ela tem de ganhar uma eleição. A rejeição parece influenciar mais que a aprovação mostradas nas pesquisas de opinião. Peguei duas pesquisas para a principal eleição municipal, que é a de São Paulo: a do Datafolha e a do Paraná Pesquisas. Guilherme Boulos e Ricardo Nunes estão tecnicamente empatados em intenção de voto pelo Datafolha, 24% a 23%. A rejeição de Boulos, segundo o Paraná Pesquisas – e o Datafolha também mostra isso –, está um pouquinho acima: 31,5% para Boulos e 21,3% para Nunes.
Metodologias: Paraná Pesquisas: 1.500 entrevistados pessoalmente pelo Paraná Pesquisas entre os dias 24 e 28 de maio de 2024. A pesquisa foi realizada por iniciativa do próprio Instituto Paraná de Pesquisas e Análise de Consumidor Ltda. Confiança: 95%. Margem de erro: 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos. Registro no TSE n.º SP-05645/2024. Datafolha: 1.092 entrevistados presencialmente entre os dias 27 e 28 de maio de 2024. A pesquisa foi contratada pelo jornal Folha de S.Paulo. Margem de erro: 3 pontos porcentuais para mais ou menos. Registro no TSE n.º SP-08145/2024.
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