Programa de escolas cívico-militares estava em mais de 200 escolas e era a principal aposta da gestão Bolsonaro para o ensino básico.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Não há dúvida de que a notícia recente mais importante – já que o assunto é o mais importante desse país: o ensino, sem o qual o país não pode ter o amanhã – é esse caso do abandono, pelo governo federal, do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares. Não são escolas militares, como as que existem no Rio de Janeiro, em Brasília, em Porto Alegre, em Belo Horizonte, em muitas capitais, como a que vai sair em São Paulo, em geral para filhos de militares; não são essas. São escolas estaduais e municipais, que mantêm o mesmo grupo de professores, mas com uma ajuda de militares, que atuam na parte do aprendizado, do respeito às leis, das virtudes e valores patrióticos, da disciplina, da ordem.

Prefeitos estão desesperados – eu sei porque muitos já me ligaram –, porque a escola cívico-militar fez uma diferença muito grande na periferia, afastando o traficante da porta da escola, dando ordem, disciplina, limpeza e organização. Não houve mais desperdício nem quebra de material, não se estragou mais nada na escola, e o aproveitamento dos alunos aumentou, porque disciplina é a base de tudo na vida. Tudo, absolutamente tudo. Eles ganharam melhores notas em Matemática, Português, Ciências, História, Geografia, melhorou tudo. Goiás, então, teve um resultado maravilhoso.

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Eu duvido que os governos de Santa Catarina, do Paraná, de Goiás, de São Paulo, vão abrir mão disso. Mas como é que vão continuar sem as Forças Armadas? Usando as PMs, está cheio de gente boa na PM. Em Natal, por exemplo, um oficial da PM, que tocou esse assunto na periferia da cidade, acabou sendo eleito senador por causa disso. Valeu muito a pena esse programa federal, mas agora o Ministério da Defesa e o Ministério da Educação estão anunciando aos secretários que os militares (federais, certamente) têm de voltar para os quartéis. Não podem mais ficar nas escolas porque o governo acha que o programa não serve. Claro, porque havendo disciplina e valores nacionais não há militância que sequestre a mente de um jovem, nem traficante, nem partido político, nem ideologia. Mas os resultados no ensino, em si, são fabulosos. É uma pena.

Troca de ministérios e cargos por apoio segue firme e forte

Já está começando a fritura de ministros que vão ser usados para deixar o PT de lado e reforçar a fatia do Centrão. Imagine o PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira, onde a reforma tributária foi aprovada, ganhando a presidência da Caixa Econômica Federal, por exemplo. Já começou a fritura de Ana Moser, que é do PT, no Ministério do Esporte. Mas outros também estão interessados, o Republicanos quer, o União Brasil quer mais. É por isso que no governo anterior era mais difícil aprovar matéria; não havia liberação, essa chuva de emendas num único dia, coincidentemente o dia da votação. Não havia aquele mercantilismo. Essa foi uma das diferenças do governo anterior; o que se discutia era o conteúdo do projeto exposto à votação dos nossos representantes.

Barroso acha que Flavio Dino não tem de se explicar sobre questionamento à urna eletrônica

Um pedido do deputado Nikolas Ferreira ao Supremo deveria ir para as mãos do relator Nunes Marques, mas o Supremo está em férias e o plantão é do vice-presidente, ministro Luís Roberto Barroso, que recusou o pedido. O que o deputado pretendia? Que o ministro da Justiça, Flávio Dino, explicasse mais sobre as brilhantes defesas que ele fez em 2009, 2012 e 2013 sobre a necessidade do comprovante do voto digital para dar confiança, credibilidade e segurança à urna eletrônica. Barroso disse que é uma “impropriedade” mandar o pedido para o Supremo. Pois eu acho que impropriedade é partido pequeno, quando não tem voto no plenário, pedir para o Supremo resolver um assunto político, sendo o Supremo uma corte constitucional. Assuntos políticos são resolvidos nos plenários do Congresso Nacional.

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