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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Crise fiscal

Lula precisa cortar despesas, mas a gastança rende votos

Lula haddad corte de gastos
Lula e Fernando Haddad, durante encontro no Alvorada no fim de outubro. (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)

Enquanto começam a ser contados os votos nos Estados Unidos, aqui no Brasil já está se falando da eleição de 2026. O presidente da República se reuniu com a equipe econômica e outros ministros para discutir cortes, porque ele está preocupado com 2026. O governo não vai zerar o déficit nem este ano, nem no ano que vem. A gastança rende voto. Mas, para cortar, tem de cortar em tudo. Lula está preocupado em não cortar na área social, mas o que é a “área social”? Tem coisas que não são “área social”, são é distribuição de esmola que não para nunca. Eu já vi manifestações de gente dentro do governo dizendo que está na hora de fazer a porta de saída e, se possível, empurrar a pessoa para fora: que vá trabalhar em vez de viver à custa dos pagadores de impostos.

Valdemar diz que Bolsonaro é o candidato do PL para 2026

Falando em sucessão presidencial, vimos a manifestação do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, dizendo que Jair Bolsonaro (PL) é o candidato do partido porque ele é o dono dos votos, como se viu na última eleição. Embora tenha ficado em quinto lugar no número de prefeitos eleitos, o PL foi o partido que recebeu mais votos nas eleições municipais. Então, o maior número de votos para presidente da República neste momento está com o PL.

Já a esquerda encolhe cada vez mais, porque ainda não apresentou a picanha – e nem vai apresentar, com essa gastança. Não há como dobrar o número de ministérios e gastar menos. Como o presidente não quer se desgastar, põe lá o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para mostrar a cara. Só que, se Lula não quiser ser candidato, será que Haddad vai querer? O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), disse que Lula é o seu candidato à reeleição.

Alcolumbre de volta no Senado, Hugo Motta na Câmara com apoio do PT e do PL

Pacheco está querendo trazer de volta Davi Alcolumbre (União Brasil), de quem recebeu a presidência do Senado. Alcolumbre é do Amapá, foi presidente do Senado por dois anos e sentou em cima de pedidos de impeachment de ministros do Supremo. Pacheco o imita. Alcolumbre vai entrar e vai ficar mais dois anos sentado em cima de pedidos de impeachment.

Na Câmara, PT e PL estão unidos para a sucessão. O deputado Hugo Motta (Republicanos) – jovem médico da Paraíba, hoje com 35 anos e que foi o deputado mais jovem do Brasil, aos 21 – foi indicado por Arthur Lira (PP) e tem o apoio do PL e do PT. Ele votou pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) e foi um bom presidente da CPI da Petrobras, quando se aprontou aquele escândalo que todo mundo confessou, que teve diretor da Petrobras devolvendo quase R$ 100 milhões, mas que está sendo anulado agora de uma forma impossível de entender.

Motta também votou pelo teto de gastos do governo Michel Temer, uma medida moralizadora, que acabou substituída pelo arcabouço fiscal, e está aí o resultado. Também votou a favor da reforma trabalhista também, outro legado muito positivo que o governo Temer, um governo de transição, deixou – e que teve resultados depois, tanto que o Brasil passou pela pandemia como nenhum outro país em termos de contas públicas e da própria economia.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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