O ex-presidente Lula ainda é acusado por lavagem de dinheiro e tráfico de influência no processo que envolve um financiamento do BNDES.| Foto: Miguel Schincariol/ AFP
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Vocês lembram do tempo em que Sergio Moro era notícia o dia inteiro? Pois, na quarta-feira (24) quem foi notícia o dia inteiro foi o juiz Vallisney de Oliveira, o titular da 10ª Vara Federal de Brasília.

Estavam falando das prisões temporárias dos hackers e sobre um processo no qual o ex-presidente Lula é réu. Vallisney retirou duas acusações no caso de Lula porque elas já estavam em outro processo. Nesse caso o ex-presidente seria julgado pelos mesmos crimes, que são: formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

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O juiz retirou sete dos 11 réus do processo. Dos quatro que ficaram estão lá: Marcelo Odebrecht, Luiz Inácio Lula da Silva, Taiguara dos Santos, sobrinho da primeira mulher de Lula, e um empregado de Taiguara chamado Emmanuel Ramos.

O processo se refere a negociatas envolvendo o BNDES – a famosa caixa preta que a gente está esperando para ser aberta – em negócios da Odebrecht em Angola.

Lula continua acusado de tráfico de influência e corrupção passiva nesse que é mais um dos tantos processos em que figura como réu. Ele já foi condenado em segunda instância em um e em primeira instância em outro.

O segundo processo de Lula provavelmente já sairá sentença na segunda instância e se espera em breve uma sentença no terceiro processo de uma série de mais de meia dúzia de processos.

Antecedentes criminais

Esse mesmo juiz foi quem decretou a prisão temporária de quatro hackers, dos quatro tem uma mulher. O que se sabe é que a mulher é a única deles que não tem antecedentes criminais. Os três homens têm antecedentes de falsificação de documento, roubo, tráfico de drogas, porte ilegal de arma e estelionato.

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Walter Delgatti Neto, mais conhecido como “Vermelho”, confessou que invadiu os celulares de Moro, Deltan Dallagnol, procuradores, juízes, delegados federais e jornalistas. Ele tem condenações por estelionato, falsificação e roubo.

Segundo a polícia, o grupo fez 5.616 ligações para acessar o aplicativo Telegram de autoridades, inclusive desembargadores. Agora estão buscando quem patrocinou essa gente. Sabem por quê? Porque o casal tem uma renda de R$ 5 mil por mês e em quatro meses movimentou R$ 627 mil. Alguém está pagando isso.

Moro fez uma postagem dizendo: "esse é o tipo de gente que outros receberam informações dizendo que tinham fontes confiáveis para revelar as conversas de Moro e Dallagnol". Glenn Greenwald disse que nunca revelou a fonte e portanto ele não reconhece esses quatro como fonte.

Olhando o conjunto da obra a gente se pergunta como senadores, a câmara alta, a câmara dos gerontes, a câmara revisora, a câmara dos seniores caiu nessa e convocou o ministro Sergio Moro para um interrogatório de oito horas com base em dados fornecidos supostamente por uma quadrilha com antecedentes criminais e condenações.