Lula não se pronunciou sobre “posse” de Maduro na Venezuela.| Foto: Ricardo Stuckert/PR
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Parece mentira, mas a maior parte do eleitorado de Lula é que está sendo prejudicada pelo governo de Lula. Os mais pobres, que votaram em Lula, na esperança de comer picanha. Ele ainda criou uma esperança que agora é frustrada. A picanha está cada vez mais longe. E a gente olha a meta de inflação e vê que o teto da meta foi ultrapassado. Inflação é o quê? É tudo mais caro. Mas não é o supermercado que está fazendo mais caro, é o governo que está gastando demais e desvalorizando a moeda. Aí a moeda fica mais desvalorizada e precisa de mais dinheiro para fazer a mesma compra. E o que está causando essa inflação são os alimentos. É a compra principal dos mais pobres. Eles é que estão pagando, além de pagar o imposto, cada vez que fazem uma compra.

E ainda inventaram esse Pix de ser controlado, quem movimenta mais de R$ 5 mil. A soma passou de R$ 5 mil, está lá registrado. De repente vão dizer, “opa, você está com renda aqui, não ganha mais benefício social”. Ou vão dizer assim, “opa, chegou no fim do ano, você passou do limite”, teria que declarar renda, não declarou, vai ser multado. Ou vai pagar 27% sobre.

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E aí o resultado é que o Atlas Intel está mostrando que pela primeira vez a desaprovação de Lula supera a aprovação. 49,8% de desaprovação, contra 47,8% de aprovação. É o resultado. É incrível como Lula está perdendo por uma administração solta, sem planejamento, com excesso de gastos e ele culpa a comunicação social e troca ministro da Comunicação. Não vai adiantar nada, porque o produto é ruim. Não adianta botar publicitário, marqueteiro, fazer propaganda.

Lula traiu a "amante" democracia com Maduro

Uma outra questão é que antigamente, 15 anos atrás, todo mundo recebia o noticiário por alguns canais de televisão. Hoje não. Hoje a televisão não domina mais ninguém, porque todo mundo tem celular e recebe informação pelas redes sociais. Então todo mundo está acompanhando a omissão do governo brasileiro em relação ao ditador Maduro. Perdeu a eleição, perdeu o feio, 67% a 30%. O mundo inteiro sabe disso. E, no entanto, tomou posse ilegal e o governo brasileiro estava lá representado pela embaixadora. E Lula no maior silêncio, um silêncio que foi ouvido no mundo inteiro.

Só no dia seguinte o Itamaraty resolve dar uma notinha dizendo que vê com muita preocupação as violações de direitos humanos, que deplora a prisão de opositores, mas que tem que haver diálogo. Que diálogo é esse? A oposição dizer para o Maduro, “olha, a gente não vai incomodar mais, pode continuar governando eternamente”. E o Maduro responde no diálogo, “então eu não prendo mais vocês”. Lula já disse isso outro dia.

Aí o Randolfe Rodrigues, que é o líder do governo do Congresso, está dando uma lição no PT, que é o partido dele, e no presidente. Ele postou no dia mesmo da posse: “O governo venezuelano é uma ditadura e a posse do senhor Nicolás Maduro ocorrida no dia de hoje é ilegítima e farsante. Um regime que desrespeita os direitos humanos, desrespeita a alternância de poder, não respeita a vontade popular, é um regime autoritário e é dever de todo democrata condená-lo, seja de direita ou de esquerda”. É uma lição que ele está dando para o próprio governo.

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O povo está acompanhando isso. E acompanhando também outra coisa. A União Europeia agora baixou sanções contra o presidente do Supremo da Venezuela, porque ele atestou um resultado falso de 51,2% em favor do Maduro e mais 14 que participaram da farsa eleitoral. Então, está se vendo aí, e vem aí um novo presidente nos Estados Unidos, vai haver também uma oposição dura dos americanos, que não adianta querer disfarçar de democrata que não é democrata. Na quarta-feira passada, no dia 8, Lula disse que é amante da democracia. Na sexta-feira, ele traiu a amante com Maduro.

Metodologia da pesquisa citada: A AtlasIntel ouviu 2.873 brasileiros, por meio de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR), entre os dias 26 e 31 de dezembro de 2024. O nível de confiança é de 95%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.