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A maior parte dos governadores já confirmou que vai manter todas as escolas cívico-militares e vai assumir aquelas sob responsabilidade federal que estão sendo encerradas pelo MEC. Estão dizendo que o Ministério da Defesa não assinou isso, não sei se é verdade. E que vão inclusive ampliar o programa, porque o ato do governo federal, com cheiro de revanche, acabou por sacudir pais, prefeitos, gente que está vibrando com os resultados dessas escolas.
Eu fiquei muito feliz ao ouvir o governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), dizer que pela primeira vez falava no Instagram, porque foi provocado por mim. E foi para dizer que as escolas continuarão, uma vez que ele, quando capitão, participou de uma dessas escolas em Rondônia.
São poucos os Estados cujos governadores ainda não se manifestaram, inclusive o Rio Grande do Norte, onde tivemos uma escola maravilhosa que resultou até na eleição de um PM como senador, senador Styvenson Valentim (Podemos), a Escola Estadual Professora Maria Ilka de Moura, com excelentes resultados.
Aliás, em todas elas, acabou a droga, acabou o traficante na porta, acabou a sujeira, acabou a bagunça, acabou a depredação, melhorou o desempenho escolar, melhorou a presença, despencou a evasão e os resultados são sensacionais. Por isso os pais estão preocupados com o encerramento.
Fico satisfeito em saber que está preservada a escola cívico-militar de Cachoeira do Sul. Eu ajudei o prefeito de lá, meu amigo, a obter essa escola e que ainda tem o nome de uma maestrina que eu conheci, Dinah Néri Pereira, que trabalhava com a minha tia pianista. Questões pessoais envolvidas.
Muita gente ficou brava comigo, porque eu não mencionei o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foi por esquecimento, o Tarcísio foi um dos primeiros a se manifestar, mas enfim parece que está faltando só Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe e Amapá. Até o Rio Grande do Sul, que estava meio hesitante em se manifestar, entrou.
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Bom, uma outra questão, a grande pergunta: o ministro Luís Roberto Barroso será mesmo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) em outubro? É uma questão até prática. Como é que ele vai presidir um julgamento? Ou votar uma questão que envolva o bolsonarismo que ele diz ter derrotado em companhia de outros?
Porque o pronome "nós" significa "eu", o sujeito, mais outros. Eu não sei com quem, se foi “eu e o TSE”. Hoje um ministro de tribunal superior me mostrou: “Olha, o TSE proibiu a propaganda de Bolsonaro de dizer que Lula é amigo de Maduro e de Ortega”. E o próprio Lula se manifesta amigo de Ortega e de Maduro.
Proibiu Bolsonaro dizer que Lula é a favor do aborto e o próprio Lula voltou àqueles atos que tinham sido suspensos por Bolsonaro em relação a aborto. Bom, mas se ele vai então presidir vai poder presidir alguma sessão que julgue alguém do bolsonarismo. Outra coisa, ele fez essa manifestação numa reunião política. A UNE é eminentemente política e vinculada ao Partido Comunista do Brasil, tanto que estava lá o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), do Partido Comunista, estava lá o ministro da Justiça, Flávio Dino, ex-PCdoB. Foi uma reunião político-partidária, sem dúvida. E ele estava lá, muito à vontade. Disse isso, deixando de lado aí características como sobriedade, moderação, reserva, comedimento que deve caracterizar os juízes.
Ainda essa semana, naquela memorável sessão da Comissão de Segurança Pública do Senado, o desembargador aposentado Sebastião Coelho disse que os juízes estão envergonhados do Judiciário. Eu não vou nem falar no “perdeu, mané” e outras coisas da linguagem, apenas perguntar, "nós quem"? A quem ele se referia como responsável por derrotar o bolsonarismo.
O Supremo tentou dizer que os derrotados foram voto popular, piorou. Ele próprio tentou corrigir dizendo que se referia ao extremismo golpista, ou seja, na cabeça dele, extremismo golpista e bolsonarismo são sinônimos. Então, é preciso agora responder. Pode esse ministro presidir o Supremo, participar de julgamento que envolva aquele que ele se jactou ter derrotado para que a democracia voltasse, como disse a frase dele?
Por fim, só para registrar, surpresa nenhuma a dificuldade de um ministro do Supremo, de circular por cidades brasileiras e pelo mundo. Depois desse episódio, que não está bem explicado, ocorrido no aeroporto de Roma, quando o ministro estava embarcando de Roma para um outro destino europeu com a mulher e um filho.