Uma fala do ex-ministro Ciro Gomes em um vídeo compartilhado pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP) revelou um pouco do que está acontecendo no país. Ciro disse que a oposição está tentando "destruir" o governo Bolsonaro porque, senão, ele "ficará oito anos no poder e vai destruir o país".
Ciro afirmou claramente que a mobilização nacional não é contra o vírus e sim contra o presidente. Eu já disse que vírus é pseudônimo de Bolsonaro. Só que essa tentativa está dando errado, porque está havendo brigas internas e disputas de poder na oposição.
Vejam o caso dos dois candidatos tucanos, o João Doria e o Eduardo Leite. Eles já se esvaziaram com as medidas polêmicas que tomaram para conter o vírus. No Rio Grande do Sul está uma briga feia entre empresários e prefeitos contra o governador.
Além disso, o povo também está brigando. Porque a população quer duas coisas: não ser mandado para casa pelo médico por medo de que o coronavírus tome o seu pulmão e não quer ficar em casa porque precisa trabalhar para alimentar os filhos. E são essas pessoas que vão para as urnas no ano que vem e a oposição parece que esqueceu disso.
Definido o relator da queixa de Bolsonaro
O ministro Marco Aurélio Mello, que vai se aposentar do STF no mês que vem, será o relator da ação promovida pela presidência da República contra os decretos estaduais que possibilitaram o toque de recolher como medida para conter o coronavírus.
A União alega que o teor dos decretos se assemelha ao instrumento do estado de sítio, que só pode ser iniciado pelo presidente da República, segundo a Constituição. Portanto, esses decretos não são superiores à força da Constituição.
Abrandamento das regras de isolamento
Os prefeitos e os empresários estão se mobilizando para tornar as regras de isolamento social mais brandas. Eu vi uma entrevista do empresário Luis Fernando Pacheco, do Rio Grande do Sul, afirmando que em 90 dias um grupo de empresários irá iniciar uma moratória e parar de pagar impostos municipais enquanto as empresas estiverem fechadas. Pacheco é uma das lideranças empresariais do estado.
Vi também uma declaração de um subtenente da Força Aérea Brasileira, que trabalha no Hospital Militar de Campo Grande (MS), agradecendo ao hospital porque lá os médicos têm liberdade para aplicar o tratamento com hidroxicloroquina, ivermectina e afins para combater a Covid-19. Ele continuou o agradecimento dizendo: “sem a política negacionista imposta por redes midiáticas que perseguem médicos que escolhem seguir essa conduta”.
Os que empregam e os que trabalham estão se rebelando contra o isolamento social. Mas essa é a decisão mais confortável para quem não sabe o que fazer.
Até economistas famosos assinaram um manifesto pedindo lockdown nacional. É uma maluquice, porque são economistas contra a economia. Esses profissionais agem igual aos médicos que não receitam hidroxicloroquina e ivermectina para seus pacientes.
Hora de adotar medidas diferentes
É bom lembrar que a maioria dos prefeitos está há pouco tempo no cargo. Eles assumiram em janeiro deste ano e vieram com ideias do que aprenderam no primeiro ano da pandemia. Mas a maioria dos governadores estão repetindo as mesmas medidas do ano passado.
Só que essas decisões não deram certo, porque não acabaram com o vírus. E eles pensam que terão resultados diferentes esse ano, mas eles só terão resultados diferentes caso tomem medidas diferentes, é óbvio.
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