Presidente argentino irá a evento conservador em Balneário Camboriú e sua agenda não inclui evento do Mercosul em Assunção nem encontro com Lula.| Foto: EFE/EPA/MARTIN DIVISEK
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No próximo fim de semana, duas estrelas estarão juntas em Balneário Camboriú (SC): Javier Milei e Jair Bolsonaro. Vêm para um encontro, o Cpac, que é uma conferência mundial de conservadores e liberais – aqui, será organizada pelo Instituto Conservador e Liberal, do deputado Eduardo Bolsonaro. Milei ainda teria de estar em Assunção, no Paraguai, para a reunião de cúpula do Mercosul no dia 8, que é segunda-feira. Mas achou que vai ser muito corrido, então mandará a Assunção sua ministra de Relações Exteriores e prefere ir para Camboriú. Estará no Brasil sem falar com o presidente Lula.

Agro gaúcho vai se reunir para discutir recuperação pós-enchente 

Um outro acontecimento importante está marcado para quinta-feira na minha cidade, Cachoeira do Sul (RS), no Parque de Exposições da Festa Nacional do Arroz. Todo o setor agrícola do Rio Grande do Sul estará lá – acho que nem no Parque de Exposições de Esteio houve tanta gente reunida quanto a multidão que é esperada nesta quinta-feira em Cachoeira do Sul. Os agricultores estão querendo e precisando de uma moratória, e esperaram por uma solução do governo federal até o dia 30 de junho; o Ministério da Agricultura ficou calado e Lula anunciou que não vai financiar os arrozeiros do Rio Grande do Sul, e que vai dirigir o financiamento de arroz para outras regiões produtoras, como Goiás. Ou seja, vai punir os arrozeiros que já sofreram anos consecutivos de seca e agora têm essa enchente, causada não pelo clima, mas pelo Estado brasileiro, que não limpou a calha dos rios e que permitiu a construção em lugares alagáveis.

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“Efeito Lula”: mercado financeiro eleva previsões de inflação para este ano

O Boletim Focus, do Banco Central, ouve toda semana o mercado financeiro, que está prevendo mais inflação – agora já estimam 4% até o fim do ano e um PIB de 2,9%. A preocupação é de o que PIB do ano que vem seja menor que o deste ano, segundo as expectativas. Ainda falam em dólar a R$ 5,20, o que significa baixar a cotação, que já está lá em cima depois de declarações de Lula, o que ele nega, chamando de “cretinos” aqueles que dizem que o dólar sobe por causa das falas de Lula.

O festival de cretinice está em todos os cantos 

Mas há coisas ainda mais cretinas. Um projeto de lei na Câmara dá aos animais domésticos acesso à justiça em processos de danos morais, em herança, em guarda dos pais. Fico pensando; é cachorro, gato, galinha – galinha também, não? Os meus peixes aqui, quem tem passarinho na gaiola – os meus estão todos soltos aqui, convivo com eles –, é um pouco de exagero.

Já existe uma proteção aos animais desde a concepção: a Resolução 1.000/2012 do Conselho Federal de Veterinária proíbe que se aplique em animais aquela mesma injeção de cloreto de potássio que querem aplicar nos bebês humanos. A lei dá mais direitos aos animais que às pessoas. Isso é uma inversão, é cretinice, uma coisa incrível. Não existe pena de morte no Brasil, então não se condena estuprador à pena de morte – mas ao fruto do estupro, ao bebê, para ele existe pena capital. É ou não é algo cretino? Quando Bolsonaro, ainda deputado, propôs castração química ao estuprador contumaz, com um remédio que faz com que ele perca a potência, disseram que não pode, que é uma agressão a um ser humano.

Enquanto isso, estão liberando posse e porte de 40 gramas de maconha. O sujeito que vende 40 gramas de maconha é criminoso, comete crime hediondo. Já com quem compra não acontece nada. Mas o vendedor só consegue vender se houver um comprador. E agora acharam, nas águas do Porto de Santos, mexilhões afetados por cocaína, de tanta droga que circula por lá para sair do Brasil e ir para a Europa, África e Ásia.

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