O presidente da Argentina, Javier Milei.| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni
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O presidente Lula assinou um aumento de 42% nas diárias do serviço público federal. Isso é quase 10 vezes o valor da inflação. Não é, portanto, um reajuste. É um aumento. A inflação, graças ao Banco Central independente, não chega a 5%. E o aumento foi de 42%. Servidor público que viajar a Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro ou Manaus vai ganhar R$ 900 de diária. Se for às outras capitais, R$ 800. Se for para o interior, R$ 750.

Lula está em uma base de instalações navais da Restinga da Marambaia, no Rio de Janeiro. Liguei ontem para o ex-presidente Jair Bolsonaro para desejar feliz Ano Novo. Ele está hospedado de graça na pousada Villas Taturé, lá em São Miguel dos Milagres, em Alagoas, do seu amigo Gilson Machado, que foi ministro do Turismo. Na hora em que eu liguei, ele estava comendo arroz, feijão e batata frita. Em outros tempos de presidente, eu conversava com o pessoal da cozinha do Palácio Alvorada e eles me diziam que eram muito maltratados naquele governo lá atrás, daquela senhora. E, quando Bolsonaro entrou na cozinha pela primeira vez, eles fugiram. E, depois, tiveram que se acostumar com Bolsonaro comendo na cozinha. Um deles me contou que o Bolsonaro disse: "Sabe por que eu venho comer na cozinha? Para garantir que vocês não vão cuspir no meu bife". Vamos em frente, vamos começar o Ano Novo rindo um pouco.

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PL da Censura de volta à pauta

Vejam só o que está na pauta do Congresso, por meio do deputado Orlando Silva, do Partido Comunista do Brasil: é o tal PL da censura, para censurar rede social. Eu acho impossível, porque, afinal, está escrito na Constituição, artigo 220, que é vedado qualquer tipo de censura política, artística, de qualquer forma. Não pode, não pode.

Além de tudo, vocês se lembram do Marco Civil da Internet. Já tem lei sobre isso! Querem mexer por quê? O Marca Civil da Internet prevê tudo. E mais: tem o famoso Código Penal. Os artigos 138 e 139 falam em injúria, calúnia e difamação. Só que, para eles, a pena é pequenininha demais; tem que ampliar a pena. O sujeito não fica na cadeia por calúnia, injúria e difamação. Então, para eles, tem que ampliar a pena.

Já é o país que mais tira postagens da rede social via Justiça, e ainda querem fazer uma lei para amarrar mais, para fechar. É censura, sim. Temos que reagir. Faça pressão sobre o seu mandatário. Você é o mandante. Faça pressão. Diga para ele que, se ele votar a favor dessa excrescência contra a liberdade – que, aliás, é inconstitucional –, ele nunca mais terá seu voto.

Milei está cumprindo o que prometeu: caiu fora do Brics

Por falar em voto, o Javier Milei, presidente da Argentina, está cumprindo o que prometeu para aqueles que votaram nele. Caiu fora do tal Brics. E fez muito bem, porque está entrando no Brics, por exemplo, o Irã. O Irã é considerado pela ONU um foco de apoio ao terrorismo. É o arqui-inimigo de Israel. A Argentina de Milei teve que escolher entre o Irã e Israel e Estados Unidos.

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EUA é um aliado tradicional, companheiro de continente. A Argentina escolheu seu lado, e fez muito bem. Não vai alterar em nada o comércio exterior argentino com a China ou com o Brasil não entrar no Brics. Só tem uma vantagem: não vai gastar nada com reuniões que não levam a nada e que custam um dinheirão do contribuinte, nem vai pagar o salário da presidente do Banco do Brics, a ex-presidente do Brasil, Dona Dilma.

A morte de Gil de Ferran

Para encerrar, queria lamentar a morte do piloto Gil de Ferran, campeão das 500 milhas de Indianápolis, bicampeão de kart no Brasil, e que atuou nos últimos anos como consultor da McLaren. Ele nasceu na França, mas era brasileiro naturalizado. Estava pilotando na Flórida, no circuito do The Concours Club, e morreu de repente. Mais uma morte repentina. Todos os dias a gente sabe de mortes inexplicáveis, em que o coração simplesmente para.

Inexplicáveis, claro, para aqueles que insistem em não investigar qual é a novidade que está afetando a humanidade e causando tantas mortes súbitas de jovens e de atletas. Não era o caso do Gil, que já tinha passado de 50. Aliás, o coração de quem passou de 50, 60 ou 70 raramente sofre uma crise fatal, porque o corpo humano já formou uma série de pontes em torno do músculo cardíaco. Só para a gente pensar, para não cair na conversa fiada que continuam a nos impor desde a pandemia.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]