Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados| Foto:
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A reforma da Previdência foi aprovada no vestibular. E é só o vestibular: na Comissão de Constituição e Justiça. Mas o score é significativo: 48 a 18.

Isso significa uma força para essa reforma, que é absolutamente necessária – menos para aquela minoria barulhenta, mal educada e pueril, que se comporta como estudante que integra um Centro Acadêmico. E olha que eu fui presidente de Centro Acadêmico e não tinha isso.

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Enfim, foi só uma amostra. O que vai valer mesmo é essa comissão especial que está sendo formada. Ela sim vai entrar no cerne da questão.

Eu quero preveni-los sobre o grande engodo, que é dizer que vai pegar os pobres: não, ela vai pegar os privilegiados. Gente que recebe R$ 40 mil no mínimo de aposentadoria, gente que se aposenta cedo, essas coisas. Em geral, é uma elite de funcionários de gente do Senado e do Judiciário, mais ou menos isso.

Nada fora criado para melar a situação, e todo mundo se deu muito bem. O presidente da República não se meteu no Legislativo, e isso é importante. Um dos articuladores da previdência no passado me disse “Respeito ao Poder Legislativo”. Bolsonaro não se meteu, não alterou nada, não fez ameaça, não fez barganha e não fez acordo; ele deixou que as pessoas se entendessem.

O resumo está em uma palavra do ministro Paulo Guedes durante aquelas gritarias na Comissão: “Se vocês não gostarem, mudem. E assumam a responsabilidade sobre a mudança”.

Outro assunto…

Nesta quarta-feira, o Juiz da Lava Jato, Luiz Antonio Bonat, deu prazo de oito dias para a defesa de Lula se manifestar sobre o recurso do Ministério Público (MP) para aumentar ainda mais a última condenação dele, no caso do Sítio de Atibaia, de 12 anos e 11 meses. O MP achou pouco e está querendo mais.

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Então, a defesa tem oito dias e depois vai para o Tribunal Regional Federal, de Porto Alegre, que foi o que aumentou a pena de Sérgio Moro, que era de nove anos e meio, para 12 anos no caso do Tríplex, e que na terça-feira o Superior Tribunal de Justiça diminuiu para oito anos, dez meses e 20 dias.

Com a definição de segunda instância nesta segunda condenação, põe-se por terra aquela fez festa de que Lula já estaria solto em outubro.

Uma coisa importante daquele julgamento que reduziu a pena é que o Tribunal não aceitou o argumento de que se trata de crime eleitoral. Isso iria mandar o processo para a Justiça Eleitoral e começar tudo de novo.

Por falar em Lava Jato…

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, pela quinta vez mandou arquivar um inquérito contra o senador Renan Calheiros, do MDB. Pela quinta vez e pelo mesmo motivo: falta de provas.

Só que ainda tem pela frente outros 13 inquéritos contra Renan Calheiros. Por falta de inquérito é que ele não pode ficar despreocupado.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

Por outro lado…

O Superior Tribunal de Justiça – esse Tribunal que reduziu a pena de Lula – confirmou uma decisão da Justiça do Ceará contra o MP. Afirmando que sim: as empresas aéreas podem cobrar sobre a bagagem.

A bagagem que tiver mais de dez quilos tem que ser despachada, e além de tudo tem que estar no volume apropriado para entrar no avião. As pessoas trazem tanta bagagem que às vezes tem que botar no porão do avião, porque não cabe mais dentro do avião.

É um peso, eu me preocupo com isso. Deve haver um cálculo pelo despachante meio no chute sobre a soma dessa bagagem manual. Porque a bagagem de mão não é pesada, já a bagagem que é despachada é pesada.

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O avião dá combustível na hora da decolagem com base no peso que está registrado pelo despachante. E o momento mais crucial de um voo é o momento da decolagem – o pouso também porque ele vem sem força e com pouca sustentação.

Os Bolsonaro, Mourão e a imprensa

Queria falar também sobre esse bate-boca do Carlos Bolsonaro. Dizem que já faz uns dias que o presidente Jair Bolsonaro chamou a atenção do filho. O filho parece ter ficado magoado com a nota do Palácio do Planalto que botou o Olavo de Carvalho para escanteio, dispensando o Olavo de Carvalho de qualquer ajuda, porque estava mais atrapalhando do que ajudando.

Mas agora o filho continua a criticar o vice-presidente, Hamilton Mourão, que é o companheiro de chapa do pai dele. Eu acho que o vice-presidente já mostrou – citando a mãe dele – que quando um não quer, dois não brigam.

Agora, repórter: a nossa função não é ficar provocando coisa de lavadeira, de disk-disk: “Olha o Carlos disse isso, o que o senhor diz a respeito?”. Mourão só respondeu: “Vira a página”. Isso é o estímulo ao bate-boca.

A gente não pode se meter nos fatos. Se ele quiser responder, responde. Se ele não quiser, não responde. Mas a gente vai e provoca. E ele não caiu nessa provocação. O presidente também falou ponto final nesse bate-boca.

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Aliás, entre Carlos Bolsonaro e o general Mourão a gente vê quem está formado por disciplina, por cumprimento de missão e por sacrifício. Eu acho que o general Mourão compreendeu o momento, porque isso é um desgaste desnecessário em um momento em que o governo está com projetos importantes no Congresso.

O último IBOPE, sobre a aprovação do governo, está mostrando que dá mais de 66% de ótimo, bom e regular. Ótimo e bom está com 35%, regular com 31%, o que dá dois terços da população. Ruim e péssimo 27%.

Para finalizar…

Eu queria mencionar a operação da Polícia Civil da Coordenação do Conselho Nacional de Chefes da Polícia Civil de todos os estados brasileiros, para pegar gente que estava solta por aí, embora estivesse condenada.

A Polícia pegou um monte de gente, quase mil. Saiu com mil mandados de busca e apreensão pegando muita gente. O que é isso? É um estímulo à Polícia, ela está sentindo vir do governo um estímulo. Estímulo à Polícia é desestímulo ao bandido – bandido comum ou bandido de colarinho branco, o corrupto.