Ouça este conteúdo
Eu ontem falei do mexilhão no mar e nos mangues em Santos, que estão com cocaína. É tanta droga jogada no mar, escondida na última hora para evitar um flagrante, que ela foi absorvida por mexilhões. Então, o mexilhão de Santos já vem com cocaína. O perigo é a pessoa comer frutos do mar e ser afetada pela cocaína.
Pois nesta terça-feira, graças a um cão farejador, a Receita Federal e a Polícia Federal descobriram 882 quilos de cocaína embarcados no meio de 670 toneladas de café, em sacos iguais aos do grão, numa carga de 25 contêineres. O destino era a Guiné, na África, mas a droga trocaria de navio em Antuérpia, na Bélgica. Interessante: estamos mandando café para a Europa e cocaína para a Guiné. A África também produz café, que tem um cheiro forte, e o cão farejador sentiu a diferença mesmo assim. Vi pela foto que se trata de um cão da mesma raça do meu, um pastor-belga-malinois. Irônico isso, já que a baldeação seria feita na Bélgica.
WhatsApp: entre no grupo e receba as colunas do Alexandre Garcia
Comissão do Senado aprova moratória de quatro anos para produtores rurais atingidos pela enchente
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou, por 19 a zero, um projeto de lei que dá moratória de 48 meses – ou seja, quatro anos – para os agricultores atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul, e que estão devendo prestações a bancos por empréstimos de custeio ou de investimento. Agora, vai para a Câmara estabelecer as condições para haver essa moratória.
Na quinta-feira, no parque da Fenarroz, em Cachoeira do Sul, vai haver uma grande reunião do agro gaúcho, independentemente de partido político e de cor ideológica, para dar uma sacudida no governo federal sobre essa moratória; os produtores queriam mais que isso, porque eles vêm de três anos de secas e, agora, a enchente. Prefeitos da maioria dos municípios gaúchos vieram a Brasília para tentar empurrar isso por meio do Congresso Nacional. Também fizeram reuniões com o ministro da Agricultura para encontrar um caminho de sobrevivência para que eles continuem produzindo alimentos, porque para isso precisam investir. Muitos perderam máquinas, perderam 70% da produção. Estão esperando até agora uma resposta do governo federal.
VEJA TAMBÉM:
Lula prometeu picanha e vai entregar carne de segunda
A nova sugestão do presidente Lula é o imposto sobre a picanha, sobre o filé, sobre carnes nobres. E aí retira-se o imposto sobre o acém, o músculo, o coxão mole. A picanha, minha gente, foi só conversa. Já estava inacessível, agora ainda virá com o sal do imposto.
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos