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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Argentina

General Mourão vai à posse de Fernández e fim de papo

O vice-presidente Hamilton Mourão foi destacado por Jair Bolsonaro para representar o Brasil na solenidade em Buenos Aires.
O vice-presidente Hamilton Mourão foi destacado por Jair Bolsonaro para representar o Brasil na solenidade em Buenos Aires. (Foto: Sérgio Lima/AFP)

Na última hora o governo desistiu de mandar o ministro da Cidadania, Osmar Terra, para a posse do presidente argentino Alberto Fernández, nesta terça-feira (10). Também de última hora, o presidente Jair Bolsonaro chamou o vice Hamilton Mourão e pediu que ele fosse representar o Brasil na posse.

Bolsonaro acabou cedendo. Estava muito magoado com Fernández porque ele, durante a campanha, fez duas visitas ao ex-presidente Lula na prisão sem pedir licença, comunicar ou ter um gesto de cortesia.

Uma das visitas foi em julho e a outra, em setembro. Nesta última foi junto com o cantor Chico Buarque. O novo presidente da Argentina simplesmente entrou no Brasil. Isso equivale a alguém ir na nossa casa visitar um terceiro sem nos consultar.

Jair Bolsonaro também não ajudou. Ele torceu para o colega dele Maurício Macri, que era o presidente da Argentina, e ainda criticou a eleição de Fernández, assim como esse condenou a decisão da Justiça que condenou Lula.

Alberto Fernández deu uma declaração dizendo que a decisão do povo brasileiro não se discute e que espera que os dois se respeitem e é isso que acabou resultando na ida de Mourão para o país representar o governo brasileiro. Na posse, estarão ele e o embaixador do Brasil em Buenos Aires.

Angola pagou tudo. Por quê?

Me perguntaram por que a Angola pagou tudo que devia quando poderia ter terminado de pagar em 2024. O caso é que quanto mais se mexe nesses empréstimos, caixa-preta, BNDES, Odebrecht, mais vai aparecendo propina para autoridades de Angola.

Por isso é muito melhor para o país pagar tudo para ver se ninguém mais fala disso. Já que está cheio de autoridades de Angola e brasileiras que receberam verba. Aliás, Palocci em sua declaração premiada disse que Lula e o PT receberam R$ 64 milhões da Odebrecht para os negócios em Angola.

Vandalismo é falta de educação

Vocês sabem que eu não tenha preferências clubísticas, mas sou um observador. Quando acontece o que aconteceu no Mineirão, no último domingo (8), é preciso uma manifestação.

Não é vergonha um time ser rebaixado, isso é consequência das regras do esporte. Alguém perde e alguém ganha. Agora, quebrar todo o espaço, que é público, é um vexame. Isso foi uma revelação de falta de civilidade e de educação.

Foi falta de educação para viver em um estado do nivel de Minas Gerais; falta de educação de casa, parece que os pais não ensinaram a se comportar e, se os pais não estão ensinando, as escolas deveriam complementar isso.

No dia 27 de novembro de 2005 quando deu um empate entre Atlético-MG e Vasco, no Mineirão, e o Atlético foi rebaixado, a demonstração foi outra. A torcida do clube aplaudiu os jogadores em pé como se eles fossem consulados e cantou o hino do time. Assim, mostrando o espírito esportivo de quem sabe que precisa aceitar as derrotas também.

Conflito com o Pacto de San José

Estão discutindo agora se candidatos avulsos ou independentes podem valer nas eleições municipais. Essa possibilidade vai ser levada para o Supremo Tribunal Federal decidir.

Porque há uma controvérsia entre o Pacto de San José da Costa Rica sobre Direitos Humanos, já que no artigo 23, dos direitos políticos, não menciona que alguém precise de partido político para ser candidato.

Mas a Constituição brasileira diz, no artigo 14, parágrafo 3º, que a condição de elegibilidade é a filiação partidária. Isso vai dar muita discussão porque o Brasil é um signatário do Pacto de San José e se obriga a seguir todas as regras.

Só que essa norma do artigo 23 não está expressamente descrita no pacto. Essa vai ser outra grande discussão porque leis não ficam claras tanto aqui no Brasil, quanto na Costa Rica.

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