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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Na ONU, Bolsonaro mantém a tradição de um brasileiro homenageado em Israel

Chegada do presidente Jair Bolsonaro a Nova York
Chegada do presidente Jair Bolsonaro a Nova York. (Foto: Alan Santos / PR)

O presidente Jair Bolsonaro chegou são e salvo a Nova Iorque. Havia preocupações médicas a respeito do risco de uma embolia pulmonar ou de soltar um coágulo dos membros inferiores durante o voo. Nada aconteceu. Ele foi bem cuidado pelo doutor Ricardo Camarinha, médico da Presidência.

Bolsonaro foi direto para o hotel porque ele não pode fazer muitas coisas, e não vai ao Texas como estava programado. Depois do discurso na ONU, terá um encontro com o ex-prefeito de Nova Iorque, o Rudolph Giuliani, que é fã de Bolsonaro - e vice-versa. Foi ele que combateu o crime em Nova Iorque com a política de tolerância zero. Não é ele que é contra o presidente Jair Bolsonaro - esse o presidente não vai visitar. Em seguida, volta ao Brasil.

O discurso é uma tradição. Não está no regulamento das Nações Unidas, mas de certa forma homenageia o ex-ministro Osvaldo Aranha, brasileiro que foi chefe da delegação brasileira na ONU, se tornou presidente do Conselho de Segurança e depois presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Aranha demorou três dias para votar a criação do estado de Israel. Só foi aberto para votação quando eles perceberam que Israel ia ganhar. Ele é homenageado pelos israelenses até hoje.

Votação adiada

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, transferiu desta terça-feira (24) para quarta-feira (25) a votação do primeiro turno da votação da reforma da Previdência. Não sei se ele desconfiou de alguma coisa.

As pessoas que estão calculando os votos dizem que a reforma vai ter mais de 60 votos - precisa de 40 para ser aprovada. Depois disso ainda tem o segundo turno. Ou seja, a aprovação da reforma da Previdência está garantida.

A grande notícia do dia

Houve avanço nas investigações sobre aquilo que está se revelando uma grande conspiração para jogar governo e Lava Jato um contra o outro. Inclusive, procuradores e Polícia Federal já constataram que um dos hackers presos fabricou uma mensagem da líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann.

Essas mensagens tinham o objetivo de tentar opor o governo e o Ministério Público. Além disso, um dos hackers confessou que conversava com o jornalista Glenn Greenwald.

Há muita coisa para ser descoberta. Um dos hackers, o Chiclete - que está preso e seria o mentor do Vermelho - era dono de um restaurante em um shopping de Taguatinga (DF) e tem dois automóveis. Circulou dinheiro nessa história e está se revelando, sim, uma grande conspiração.

Para encerrar

Uma coisa muito estranha. A gente vê que a Justiça Federal e a Estadual não seguem rigorosamente os preceitos da Lei Maior, que é a Constituição. Segundo um levantamento do Partido Novo, na Justiça Federal 65% dos juízes ganham acima do limite Constitucional de R$ 39,3 mil. Portanto, eles recebem mais até que o presidente da República. Na Justiça Estadual é pior: 77% ganham acima do limite. Deixam fora das limitações salariais os auxílios, como auxílio-médico e outras vantagens.

O que está acontecendo é que não basta remuneração. Tem que haver uma organização melhor da Justiça. Porque, infelizmente, boa parte dos juízes federais e estaduais de primeira instância estão esgotados.

A primeira instância é a que mais trabalha. É a que mais carrega o ônus de não ter recursos materiais. Trabalhar com coisas emprestadas pelos municípios. No entanto, no topo, as pessoas vivem em grandes palácios cada vez maiores e mais suntuosos.

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