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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Covid-19

Nenhum país sairá da pandemia com doses de reforço de vacinas, diz OMS

OMS
Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), criticou avanço lento da vacinação em nações mais pobres enquanto países ricos aplicam doses adicionais. (Foto: Salvatore di Nolfi/EFE)

Já saiu no Diário Oficial e entrou em vigor o Auxílio Gás. Serão R$ 300 milhões dos impostos pagos pelos brasileiros que serão canalizados para ajudar 5 milhões de famílias de baixa renda, já cadastradas nos programas sociais do governo. A ajuda vai subsidiar metade do preço de um botijão de gás de 13 quilos.

O Auxílio Gás vai ser importante para que as pessoas mais necessitadas possam fazer a sua comida em casa. Para saber se elas realmente precisam, o governo fará um cruzamento de dados junto à Receita Federal.

Consulta pública

Também está no Diário Oficial o início de uma consulta pública, do Ministério da Saúde, para saber o que os pais acham de vacinar crianças de 5 a 12 anos com essas vacinas contra Covid-19. A consulta é específica sobre essa vacinas — as outras já são vacinas comprovadas pelo tempo. Está lá no site do Ministério da Saúde para quem quiser acessar: www.gov.br/saude/pt-br. A consulta pública vai até dia 2 de janeiro.

O alerta vem da OMS

Em entrevista coletiva virtual, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, fez uma advertência séria. Disse que "nenhum país poderá sair da pandemia com doses de reforço. Programas indiscriminados de reforço tendem a prolongar a pandemia em vez de acabá-la, desviando as doses disponíveis para países que já têm altas taxas de vacinação, dando assim ao vírus, mais oportunidade de se espalhar e sofrer mutações".

Além disso, ele disse que não há provas de que reforçar a dose ajude ou seja eficaz com a variante ômicron do coronavírus. Israel, por exemplo, já está na quarta dose. Em compensação, países africanos não conseguem a segunda dose. E aí vão surgindo as variantes. Ele também se refere à suplementação de vacinação para crianças.

Enfim, nessa consulta pública do Ministério da Saúde, os pais darão a última palavra e precisam ser respeitados. Aproveito para lembrar que os pais é que dão educação. Principalmente assuntos mais delicados, como sexo, religião, ideologia política, cortesia, educação, dizer a verdade, valores morais, tudo isso é em casa. Instrução e ensino é que é na escola.

Mortalidade por doenças cardíacas

E só para lembrar: as doenças cardíacas no Brasil, neste momento, estão matando de seis a sete vezes mais que a Covid. Nos Estados Unidos, vendo os números do ano passado, a Covid está em terceiro lugar em causa de morte. Primeiro lugar são as doenças cardíacas e em segundo, câncer.

Estou contando isso só para gente ver a relação entre a realidade e a propaganda. Parece que o coração tem um departamento de propaganda mais fraco que o do coronavírus.

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