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Alexandre Garcia

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Agronegócio

Nota de desculpas do Carrefour é patética

Carrefour, carne, mercosul
Alexandre Bompard, CEO do Carrefour, se desculpou em carta a ministro, mas não disse se lojas francesas comprarão carne brasileira. (Foto: EFE/EPA/Andre Pain)

Que vergonha essa nota oficial do Carrefour lá da França. Eu não vou falar de franceses porque vão achar que é xenofobia, não vou dar qualidades, mas a nota dá pena. O CEO do Carrefour manda uma carta pedindo desculpas ao ministro da Agricultura do Brasil, e logo coloca a culpa na “comunicação” da empresa, que gerou confusão. Depois, ele lembra sutilmente que dá emprego para 130 mil brasileiros, insinuando que quem quiser boicotar o Carrefour no Brasil vai colocar em risco o emprego de 130 mil brasileiros. Ele não usou essas palavras, claro, mas não sei se ele é inocente ou se pensa que aqui só existem nativos que compram no Carrefour.

O CEO do Carrefour ainda diz que a manifestação anterior foi de apoio aos agricultores franceses. Ou seja: para os agricultores franceses ele diz uma coisa, parece político – quem usa muito essa tática é o Lula; ele faz o discurso que ele acha que a plateia está querendo ouvir. Então, para os franceses o CEO do Carrefour diz que não vai mais comprar carne do Brasil. Mas, para os brasileiros, na carta, ele diz que vão continuar comprando do Brasil. Diz uma coisa, faz outra, está enganando agora. Deixou os brasileiros se enganarem, e agora está enganando os agricultores franceses.

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Por fim, depois de terem noticiado histórias sobre falta de qualidade sanitária da carne brasileira, ou que a pecuária brasileira desmata, agora o CEO elogia a carne brasileira, fala em qualidade e respeito às normas, elogia até o sabor – aí ele exagerou, porque cada corte tem sabor diferente. Mas é assim que vamos conhecendo as pessoas.

O incrível caso da pequena empreiteira e seu contrato de quase R$ 9 bilhões

Vocês viram esse caso da empreiteira Ótima? Uma empreiteirazinha sediada em uma casinha, eu vi as imagens da sede. Foi criada em 2022, e um dos sócios é irmão do senador Marcelo Castro (MDB-PI). Ela pegou um contrato de R$ 8.952.665.469,00 para manutenção de 130 quilômetros de estradas federais – parece que foi por meio do Codevasf, onde tem um filho do senador Marcelo Castro, nomeado no atual governo. Agora estão dizendo que não, que o valor inicial era de R$ 79.499.998,50. Mas o valor final foi para R$ 8,9 bilhões. Dizem que foi “erro de digitação”... O deputado Gustavo Gayer disse que está mandando o caso para o TCU apurar que história é essa.

VEJA TAMBÉM:

Governo Lula se recusa a fazer acessos a ponte vital que Bolsonaro inaugurou

Falando em empreiteira, vocês se lembram da ponte inaugurada por Jair Bolsonaro no Rio Araguaia, na divisa entre Pará e Tocantins, Xambioá (PA) de um lado e São Geraldo do Araguaia (TO) do outro? A ponte está pronta, só ficou faltando para o atual governo fazer os acessos. Mas até agora nada. São quase dois anos de governo. Sabem o que estão fazendo em vez disso? Asfaltando o acesso às balsas. São duas balsas que fazem a travessia de 1,5 mil veículos por dia, segundo nota do Ministério dos Transportes. Será que não há intenção de terminar a obra? O outro levou a água para o Nordeste, agora não pode ter carro-pipa; fez a ponte unindo dois estados, agora não pode usar a ponte.

Dia de críticas aos excessos do STF

Terça-feira foi um dia bem agitado, com o senador Hamilton Mourão os presidentes das OABs de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, e até o ministro Luiz Fux fazendo críticas ao Supremo, a tudo isso que se vê, esse desvio da Constituição e das funções do Supremo. Foram muitas bocas se pronunciando, parece que mudaram os ventos.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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