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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

O delegado que ganhou cargo na Europa depois de agir conforme agradava Moraes

Alexandre de Moraes
(Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

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Reaberto o inquérito do bate-boca no aeroporto de Roma, aquele envolvendo a família Montovani versus a família de Alexandre de Moraes. Os membros da família Montovani agora foram indiciados por calúnia. O advogado deles, ontem, um dia depois da reabertura, já pediu para ver tudo, porque parece que a calúnia seria mútua, não é? Eu ouvi o ministro Moraes chamando os outros de bandidos.

Bandido é atribuir crime a alguém, não é? Alguém que é bandido, o é porque cometeu crime. É uma coisa muito estranha também. O delegado Hiroshi, que presidiu o inquérito, não viu necessidade de indiciar ninguém e encerrou o inquérito. Aí, quando a PGR pediu novo depoimento, reabrindo o inquérito, o delegado Hiroshi caiu fora.

Aí entrou um outro delegado e agora a gente ainda sabe que o outro delegado, depois de indiciar a família, inclusive em crime de vias de fato, com ofensa e tal, ganhou um cargo na Europa, lá em Haia, na Holanda, como uma espécie de adido na Europolícia. Pois é, essas coisas do Brasil.

Importação de arroz

Está todo mundo brigando contra a importação de arroz. Estão falando que se vier um arroz lá da Malásia, vai ser um arroz com o qual a panela brasileira não está acostumada. Vai ter problema na cozinha e no paladar. Lula falou em um milhão de toneladas de arroz. Gente, parece vontade de esmagar o maior produtor de arroz do Brasil, que é o Rio Grande do Sul, que colheu nessa safra 7 milhões e 300 mil toneladas, mesmo depois de safras de seca e tal, e depois ainda teve de lidar com as enchentes.

Isso é um número praticamente recordista, parece que empata com o recorde. E agora está havendo recurso. A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária está recorrendo, alegando que há arroz nacional suficiente para abastecer o país, mais do que suficiente para exportar. E até o partido Novo entrou com uma ação no Tribunal de Contas da União, pedindo que se investigue o que está acontecendo. É uma representação, porque, provavelmente amanhã ou depois, na Conab, vai haver o primeiro leilão de importação de arroz. Isso esmaga um estado que já está esmagado pela enchente. É uma coisa incrível. A principal produção da agricultura gaúcha é o arroz.

Meu Deus do céu, é incompreensível. Não tem nada a ver com equilibrar mercado. Não, é o contrário. O Estado brasileiro quer tabelar o preço do arroz, quer interferir no mercado. É isso.

Invasão no Paraná

E agora, essas outras interferências, lá na Assembleia Legislativa do Paraná. Houve uma invasão violenta, com quebra-quebra, brutal, para evitar uma votação e a votação saiu.

Votação de um novo tipo de contrato para as escolas públicas, em que as escolas públicas vão ficar mais próximas da eficiência da escola particular. Décadas atrás, quando eu estudava, a escola pública era a melhor escola. A escola privada ficava no segundo plano. Agora inverteu. A escola pública está abandonada, inclusive as universidades federais. Então, houve discórdia. Mesmo assim houve a votação e foi 38 a 13 para a aprovação desse projeto que agora vai para o governador Ratinho Júnior. Foi a primeira vez que a Assembleia do Paraná votou de forma remota. Alguns ficaram no plenário recebendo vaias e gritos e injúrias e outros ficaram em casa, votaram de longe. E é interessante que um deputado do PDT disse que é uma vergonha votar remotamente e não no Plenário. A gente vai aprendendo.

Só para encerrar, a gente fala do meu tempo. Eu fui alfabetizado antes de entrar no primeiro ano. Fui alfabetizado no pré-primário, que naquele tempo se chamava inicial. A gente entrava no primeiro ano já sabendo ler e escrever. Agora o ensino público mostra que o aluno está no terceiro ano e ainda não foi alfabetizado.

Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima

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