O substituto de Sergio Moro também é um combatente contra a corrupção. André Mendonça, 47 anos, é um advogado de carreira, e trabalhou 20 anos na Advocacia-Geral da União.
O novo ministro da Justiça se formou em Direito em São Paulo, tem pós graduação em Direito Público pela UnB e outra em combate a corrupção pela Universidade de Salamanca, na Espanha.
Mendonça ganhou o prêmio Innovare pela inovação nos métodos de combate a corrupção. Quando ele trabalhava sob as ordens de Dias Toffoli na AGU, foi escolhido para atuar em casos como o do juiz Nicolau dos Santos Neto.
Ele tem livre acesso e circulação no STF, tanto que a escolha está sendo elogiada pelos ministros do Supremo. Inclusive por ministros como Gilmar Mendes, que sempre foi um crítico de Moro. Ele deve estar vibrando com essa nomeação.
Homem de confiança na Justiça
Mendonça vai continuar o trabalho de combate a corrupção enquanto estiver no Ministério. Além do fato que ele é um fã de Bolsonaro, o que é um acréscimo. O atual ministro e o presidente são muito próximos.
É estranho quando os jornais chamam o novo ministro de “o evangélico André Mendonça”. Chamam a ministra Damares assim também, mas ninguém diz que o ministro tal é católico, luterano, agnóstico.
Eu não estou entendendo essa classificação por religião, parece que há discriminação religiosa. O novo ministro é formado em teologia também. Mendonça também é pastor voluntário da Igreja Presbiteriana.
Homem de confiança na PF
Na Polícia Federal, Bolsonaro também colocou outro homem de confiança, Alexandre Ramagem. Ele é um delegado formado em Direito na PUC que foi designado para dar proteção ao presidente depois que ele levou a facada durante a campanha eleitoral.
Por conta da proteção, Ramagem fez amizade tanto com Bolsonaro, quanto com os filhos dele. Para o presidente, ele é uma pessoa de confiança. O novo diretor-geral já trabalhou no Palácio do Planalto na Secretaria da Presidência com dois ministros.
Depois disso, ele foi designado para a Abin. O grande desejo do presidente é que a Polícia Federal também produza inteligência e tenha informações estratégicas para que o governo não seja surpreendido.
Servidores ficarão sem reajuste
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, fez um acordo com o ministro Paulo Guedes para votar neste fim de semana o projeto de lei que auxilia os estados e municípios dando compensações por conta da paralisação econômica.
Para que haja essa compensação, os poderes públicos municipais, estaduais e federal vão precisar se sacrificar. Ao invés de cortar em 25% a folha de pagamentos, os servidores não terão aumento de salários durante 18 meses.
Não reajustar salários já vai ser de grande ajuda aos caixas das prefeituras, dos governos estaduais e da União. É uma forma de ter o menor impacto negativo possível nas contas públicas, que estão sendo arrombadas pela ausência de atividade econômica.
O governo não está arrecadando e há o aumento da despesa, que está indo para o social. Pensava-se que seriam um pouco mais de 50 milhões de pessoas que iriam receber o "coronavoucher, mas parece que vai chegar a 70 milhões. Esses são os que ficaram sem renda durante essa crise sanitária.
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