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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

O novo presidente do Uruguai vai longe

O candidato presidencial do Uruguai, Luis Lacalle, do Partido Nacional
Candidato presidencial do Uruguai, Luis Lacalle, do Partido Nacional (Foto: EITAN ABRAMOVICH/AFP)

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No domingo (1), o presidente Bolsonaro, acompanhado de alguns ministros, foi a Montevidéu para a posse de Lacalle Pou, um jovem de 43. O novo presidente do Uruguai é filho do Luiz Alberto Lacalle, que já foi presidente do país nos anos 1990.

Quem me acompanha sabe que eu já falei para restarem atenção nele. Ele vai longe. Lacalle era senador e agora é o presidente do Uruguai depois de 15 anos de governo de esquerda que deixou o país caído como nunca.

Lacalle Pou nasceu dias depois de eu ter chegado a Montevidéu para fazer a minha primeira cobertura no exterior pelo Jornal do Brasil, quando o então presidente Bordaberry fechou o Congresso. Veja como ele é jovem.

Além do presidente do Brasil, estavam lá o presidente do Paraguai e do Chile. O Chile não é exatamente vizinho, mas é companheiro de Cone Sul. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, não foi. Também estiveram presidente, isso é histórico, um ministro de Portugal e o rei Filipe da Espanha. Histórico porque esses foram os dois países que colonizaram o Uruguai.

Portugal foi quem instalou a colônia do Sacramento para fazer frente a Buenos Aires e os espanhóis também tinham interesses no país. Depois disso, o Uruguai se tornou um país independente.

Parlamentarismo?
O veto a Lei Orçamentária significa tirar do poder Executivo bilhões de reais e colocar nas mãos do parlamento. O próprio líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (REDE-AM), se insurgiu contra isso. O senador disse que o país não é parlamentarista e que por isso não tem sentido tirar R$30 bilhões do governo federal.

Nós já tivemos dois plebiscitos. Um foi em 1963, quando o presidencialismo venceu por 82% dos votos e depois quase 70% dos votos em 1993. O povo brasileiro não quer um governo parlamentar, mas sim o presidencialismo. Entretanto, o nosso sistema parece um Frankenstein – como eu já mencionei -, parece que o país virou um balcão de negócios, temos um “toma lá dá cá”. São feitas chantagens.

Agora mesmo estão tramitando projetos para impedir que o governo aplique seu plano de privatizações. Como a dos Correios, Prodasen, a da Casa da Moeda e da Companhia de trens urbanos. Isso é o parlamento indo além das suas funções. O Congresso precisa fazer leis, fiscalizar o governo, criticar ou apoiar o governo. A Casa quer e está governando.

Em governos anteriores, o Congresso governava. Os parlamentares eram donos de ministérios, não havia separação de poderes como manda a Constituição. Senão houver essa separação, o país vai continuar igual. Os meus filhos e os meus netos não vão ver um sistema de governo nítido.

Motim
As Forças Federais vão se retirar do Ceará no dia 6, o prazo foi estendido. Elas estão no estado para ajudar com a segurança. O governador, Camilo Santana, tem que resolver a situação com a polícia. Mesmo sendo complicado, é preciso resolver em nome da população do Pará. (Nota do editor: Policiais militares decidem encerrar motim)

Saúde
Estão assustando demais a população com o Coronavírus. Eu acho que poderiam assustar a população falando da dengue, do sarampo que teve a primeira morte em duas décadas e com o H1N1, que é uma gripe mais grave.

O Coronavírus faz parte de uma grande especulação financeira. As pessoas ficam preocupadas e não sabem o que fazer. Não use álcool 70% que resseca a pele, use água e sabão.

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