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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

O que leva um fundo de pensão a aplicar em títulos podres da Argentina?

(Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil)

O Ministério Público está denunciando 26 dirigentes de fundos de pensão. Fazem parte do Postalis dos Correios, da Funcef da Caixa Econômica e do Petros da Petrobras. O Postalis, por exemplo, por injunções partidárias. Dominado por partidos políticos, foi obrigado a aplicar dinheiro em papéis podres da ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

O MP também pede o bloqueio dos bens do Postalis no valor de R$ 3,1 bilhões, sendo que a suspeita é de desvios de R$ 1 bilhão. O que não é pouco. Essa gente tomou conta de estatais. Esses partidos durante décadas dominaram; foi um tempo de quase partido único e ideias únicas.

A Petrobras, por exemplo, conseguiu em um acordo na Justiça do Trabalho, só agora, parar de pagar o que ela vinha desembolsando há 20 anos para 74 integrantes de sindicatos. Dirigentes sindicais que ganhavam juntos, por mês, R$ 1,3 milhão - por ano dava R$ 20 milhões.

Esses 74 funcionários eram pagos pela Petrobras sem que eles trabalhassem para a empresa. Eles estavam inteiramente dedicados aos sindicatos dos petroleiros. Era assim que as coisas funcionavam em tempos que partidos políticos mandavam em estatais.

Outra questão deixa isso muito claro

O deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) foi considerado réu pelo Supremo Tribunal Federal na terça-feira (8). Ele é réu na Lava jato por ter recebido R$ 106 mil de propina, como líder do partido, para manter na presidência na Companhia Brasileira de Transportes Urbanos o presidente de então. Ou seja, o presidente pagou R$ 106 mil para continuar sendo presidente. Provavelmente, ele estava ganhando um milhão por mês com alguma coisa. Como é bom partido mandar em estatal...

Isso é bom para o partido e péssimo para o país. Mas hoje não tem mais isso. Hoje o partido não manda mais em Ministério e nem em estatal. Quem manda em Ministério e estatal é aquele que 58 milhões de eleitores mandaram chefiar o poder Executivo.

PEC da aposentadoria do Supremo

Já são 175 assinaturas além das necessárias, portanto, vai começar a tramitar a Proposta de Emenda a Constituição para voltar aos 70 anos o limite para a aposentadoria compulsória de Ministros do Supremo, de outros tribunais, desembargadores e afins.

No início do segundo governo Dilma, conseguiu-se fazer a PEC da Bengala para que o PT não tivesse indicado dez dos 11 ministros do STF. Assim se aumentou a idade e ficaram Marco Aurélio e Celso de Mello.

Baixando a idade para 70 anos já devem cair fora Marco Aurélio, Celso de Mello, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski. Dessa maneira, abrem quatro vagas para que o atual presidente indique ministros ao STF.

Os 175 que assinaram têm a intenção de que o Supremo volte a ter valores de família e de religião. Não essas invenções que muitas vezes pautaram as decisões dos ministros do Supremo, mexendo na cultura brasileira.

Para finalizar

O presidente Jair Bolsonaro ainda não viu e, portanto, ainda não aprovou. Mas está sendo preparada uma nova reforma administrativa. Ela virá depois de aprovada a reforma da Previdência - que só falta o segundo turno no Senado.

Ela vai tratar de questões de estabilidade, promoções, carreiras, cargos, licenças, gratificações e salários superiores aos correspondentes na iniciativa privada. Tudo isso para tornar o estado mais leve, mais eficiente, com mais justiça social e com menos gastos.

O estado está inchado, gordo e lento está arrecadando impostos para sustentar a si mesmo, e não para prestar excelentes serviços públicos como seria recomendado pelo tamanho dos impostos que arrecada.

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