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Alexandre Garcia

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Em debate

O tabuleiro de xadrez do coronavírus no Brasil

O tabuleiro de xadrez do coronavírus no Brasil
O tabuleiro de xadrez do coronavírus no Brasil (Foto: Pixabay)

Nós podemos constatar que nos últimos dias, vem diminuindo o percentual de crescimento do número de mortes por coronavírus, na comparação entre os dias. Recentemente, De um dia para o outro foi 6% de crescimento, no dia anterior tinha sido de 16% e no anterior quase 50%. Vamos aproveitar que é Sexta-feira Santa e rezar para que esteja arrefecendo.

Fica difícil quando falta cloroquina em uma hospital público como acontece aqui na capital do país. Um conhecido meu, motorista de aplicativo, tentou se internar quando estava com 40° de febre e mandaram ele para casa há três dias.

Se ele tivesse recebido o tratamento com hidroxicloroquina, ele não estaria em estado grave na UTI. Eu fui me informar e descobri que o hospital que mandou ele para casa não tem o medicamento.

O remédio foi recomendado por dois médicos célebres no Brasil há dois dias. Um é o médico de Lula, Roberto Kalilm e o outro é um médico que coordena o combate ao coronavírus em São Paulo, David Uip.

Kalil disse que cloroquina tem sido útil e por isso deve ser aplicada. Um outro médico amazônida disse que quando usava o medicamento em alguém com sintomas de malária, e depois descobria que não era essa doença, não havia nenhum efeito negativo.

Para os europeus o remédio tem quase de 500 anos, para os incas tem mais do que isso. O remédio vem de uma rubiácea – parente do café –, uma árvore chamada quina. Dela se obtém esse alcalóide que faz parte dessa combinação de remédios que combatem o coronavírus.

Mudança no tabuleiro de xadrez brasileiro

Foi uma mudança muito grande no tabuleiro de xadrez do Brasil o pronunciamento de Uip e Kalil. A fala foi no mesmo dia em que o ministro do STF Alexandre de Moraes deixou bem claro que a responsabilidade do combate ao vírus é do prefeitos e governadores, e não do presidente.

Eu disse isso no Twitter e me falaram que eu inverti as palavras do ministro. Entretanto, há uma diferença entre ignorância e burrice. Ignorância é quando a gente desconhece algo e burrice é conhecer e ter percepção, mas não entender o significado de algo.

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Sexta-feira Santa

Hoje é Sexta-feira Santa. Eu queria deixar o coronavírus de lado um pouco e ler um pedaço de um artigo de um amigo meu, o Percival Puggina.

Ele lembra neste artigo que o Papa Bento XVI, quando visitou o campo de extermínio em Auschwitz em 2006, perguntou onde estava Deus quando permitiu o surgimento da peste que é o nazismo.

O articulista pergunta onde estava Deus quando permitiu esse vírus que mata, enferma, esgota recursos materiais e financeiros, fecha igrejas, destrói empregos e joga bilhões de homens livres em prisão domiciliar.

Antes que as pessoas se escandalizem com essa pergunta do Papa, eu lembro que o próprio Jesus Cristo na cruz – e hoje a gente lembra disso – perguntou “Pai por que me abandonas-te?”.

Puggina termina dizendo que nesta semana da Páscoa, da ressurreição, a gente precisa aprender as lições da história, da ciência e da prudência. Aprender o que acontece quando o materialismo, o relativismo e os totalitarismos investem em seus projetos de poder.

Essas pessoas jamais abandonam o tabuleiro das opções e seus males sempre se fazem sentir. Para a gente pensar nessa Sexta-feira Santa.

Que amanhã seja a ressurreição. Eu desejo a todos uma feliz Páscoa.

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