Médicos e pesquisadores estão apostando, de modo otimista, que a ômicron seja o fim da pandemia. A gente vai ter, de agora em diante, uma vacina polivalente. Eles afirmam que essa variante é muito mais contagiosa, mas a agressividade e a letalidade são baixas. Eu tenho aqui alguns números para demonstrar isso.
Por exemplo, em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana de Goiânia, que registrou a primeira morte no Brasil pela ômicron. Segundo a autoridade municipal, um homem de 68 anos, com comorbidades: hipertensão e doença pulmonar crônica. Tendo comorbidade, para qualquer doença, pode acontecer o resultado morte. Pode ser uma diarreia, uma gripe comum, etc.
Mas vejamos os números do município de Erechim (RS), com 110 mil habitantes. Nesta quinta-feira (6), estava com 99 casos de Covid. Um ano atrás, no mesmo 6 de janeiro, tinham menos casos: 89. Em janeiro do ano passado não tinha vacina, agora tem. E teve mais 10 casos. Mas só dois hospitalizados agora, e no passado tinha 24. Esse homem que morreu em Aparecida de Goiânia tinha tomado as três doses da vacina, que não estavam preparadas para essa variante.
Certificado da vacina
Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, nesta semana, passou por 19 votos a 2 um projeto que precisa de uma segunda votação no mês que vem, proibindo no estado do Mato Grosso, a exigência de certificado de vacina. Ninguém poderá exigir o certificado de vacina para entrar onde quer que seja.
Claro que a lei municipal fica acima da lei estadual. O Supremo Tribunal Federal que deu essa interpretação — os prefeitos conhecem mais os problemas locais que o governador. Se bem que, em alguns lugares, como em Rondonópolis, por exemplo, está exigindo o certificado, por lei municipal.
Já lá em Santa Catarina, nas cidades de Rancho Queimado e Lontras, tem lei municipal proibindo exigir o passaporte de vacina. E a alegação é que o artigo 5º da Constituição diz que é livre a locomoção em todo o território nacional em tempo de paz. O projeto da Assembleia do Mato Grosso considera discriminação tratar as pessoas de forma diferente por causa de ter ou não o certificado de vacina.
Saques da poupança
No ano passado, o saldo da poupança no Brasil, a diferença entre depósito e retirada, foi de R$ 35,5 bilhões. Os saques foram feitos, provavelmente, por pessoas que tiveram a redução de sua renda, mas também por quem decidiu investir no trabalho.
Parece que muito dessa retirada foi para comprar veículos. E que veículo compraram? Num total de 3,5 milhões de veículos novos emplacados no ano passado, crescimento de 10,5% em relação ao ano de 2020, a maior parte foi de caminhões: 42%, depois moto, com 26%.
Quer dizer, as pessoas compraram veículos para trabalho, atividade econômica, transporte. A compra de carro de passeio até se reduziu em 3,6% o emplacamento. Estamos vendo um indício da volta da atividade econômica. A poupança foi um investimento que pode trazer resultados econômicos.
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