Nesta segunda-feira (12), às 14 horas, ocorre a diplomação dos eleitos no último pleito presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB). O ato de diplomação significa que a Justiça Eleitoral atesta aos brasileiros que eles venceram. E aí abre-se um prazo para contestação sobre possíveis ilegalidades cometidas pela coligação, pelo partido ou pelos então candidatos durante a campanha.
Essa diplomação foi antecipada em sete dias, e um grande esquema de segurança está sendo anunciado. Acho divertido que os grandes formadores de opinião omitem que há manifestantes em Brasília há mais de 30 dias, mas agora falam que há um grande esquema de segurança sendo montado para evitar a presença dos manifestantes.
O povo vem antes do Estado e da Constituiçao
Aliás, entre os manifestantes – que são milhares, formando uma cidade de lona em frente ao quartel-general do Exército –, nasceu no fim de semana o primeiro bebê, o João, filho de um casal de Cascavel (PR). Famílias vêm inteiras, deixam tudo para acampar em Brasília.
No domingo (11), milhares de pessoas estavam em frente do Palácio da Alvorada na hora da cerimônia de arriamento da bandeira, de que participou o presidente Jair Bolsonaro (PL). Um pastor conduziu o Pai Nosso, e Bolsonaro só abriu a boca para desejar boa noite para todo mundo. Pediu que um segurança pegasse uma menina que queria falar com ele. O segurança atravessou o fosso, como se fosse São Cristóvão, para levar a menina até o presidente. Bolsonaro, como você sabe, na sexta-feira (9), no fim do dia, falou bastante. Lembrou que não vai sair das "quatro linhas" da Constituição e que todo poder vem do povo.
João Batista foi quem anunciou a chegada do Messias. Acho que esse menino João pode marcar uma nova consciência do povo brasileiro, que precisa saber que é a fonte do poder. O povo é o poder original. O povo vem antes do Estado, vem antes da Constituição. Aliás, eu acho que cada cidadão deveria ler a Constituição, para conhecer como funciona o país em que vive.
STF deve acabar de vez com as esperanças que a Lava Jato nos deu
O Supremo Tribunal Federal (STF) está para libertar o último preso em regime fechado da força-tarefa Lava Jato. Será a desmoralização final daquela nossa esperança de que teria acabado a impunidade no país. A gente vai ver de novo que o crime compensa. Estou falando de Sérgio Cabral, que foi condenado 23 vezes, a 425 anos de prisão, e teve contra si seis mandados de prisão. Cinco já foram cancelados, e o último está na segunda turma do Supremo.
O ministro Edson Fachin votou pela manutenção da prisão, e Ricardo Lewandowski e André Mendonça votaram pela soltura. Está, portanto, 2 a 1. Faltam votar Nunes Marques e Gilmar Mendes. A gente já pode supor que Gilmar Mendes vai votar pela soltura. Vai dar, na melhor hipótese, 3 a 2, e os 425 anos de prisão vão se converter em seis, que é o tempo que ele está preso por tudo o que fez. Isso é o enterro da punição dos corruptos neste país. As nossas esperanças vão indo embora.
Lula vai ter que enfrentar críticas dos próprios aliados
Eu disse outro dia que o principal problema para o presidente Lula serão as críticas de seus próprios aliados. Já está havendo reclamação de que não apareceu nenhuma mulher entre os cinco ministros anunciados na última sexta-feira (9). O movimento LGBT também está reclamando.
Eu disse que a reclamação viria principalmente da esquerda raiz, do Movimento dos Sem-Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na hora que ele começar a negociar – e não tem como não negociar – com o Centrão e com a direita, com esse novo Congresso que saiu da última eleição.
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