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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Câmara e Senado

Os novos rumos no Congresso após as eleições dos presidentes das Casas

Fachada do Congresso Nacional.
Fachada do Congresso Nacional. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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Depois de renovada a presidência da Câmara e a presidência do Senado, espera-se que as pautas que estavam paradas andem, porque os presidentes da Câmara e do Senado estavam mais interessados em permanecer nas suas cadeiras de chefe de poder.

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) e o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que ficou desesperado quando não conseguiu com que o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecesse o seu desejo e o desejo de Alcolumbre, de haver reeleição. O supremo não podia reconhecer o que está muito claro na Constituição: que é vedada a reeleição para o período seguinte. Mas o resultado da votação ainda deu 6x5, sendo que deveria dar 11 a zero.

O Rodrigo Maia passou a agir emocionalmente e acabou se dando mal. Mas aí a gente dá uma olhada no que ficou parado. Trinta medidas provisórias paradas, das quais 12 em urgência. Vinte e sete medidas provisórias caducaram, passou o prazo delas e elas perderam a validade. Isso porque estavam interessados em outros assuntos e não o que era do interesse do país em um momento de pandemia. Um momento de tentar recuperar emprego, recuperar a economia, recuperar a atividade da indústria, do comércio.

O orçamento deste ano ainda não foi aprovado. As reformas estão lá esperando. A reforma administrativa, a reforma tributária, a privatização da Eletrobras, aqueles marcos legais: de gás natural, de petróleo, de cabotagem, de startups, de câmbio, de ferrovias, de setor elétrico, leis de fundo público, de remuneração do funcionalismo com o teto, o pacto federativo, a autonomia do Banco Central. Tem coisas que foram votadas numa Casa e não foram em outra e vice-versa. Tudo parado porque os dois estavam querendo ficar e não conseguiram.

Com essa renovação, o que se espera é que aconteçam reuniões com o colégio de líderes, se faça a pauta das medidas mais urgentes e olhem para os interesses do povo brasileiro. E não para os interesses próprios, pessoais, egoístas ou dos seus partidos ou dos seus grupos. Que foi o que aconteceu até agora na Câmara e no Senado.

Rodrigo Maia perdeu a presidência da Câmara, perdeu o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e perdeu o DEM praticamente.  Porque chegou um ponto em que o presidente do seu partido, com pena dele, decidiu que o partido ia ficar neutro, isento e não apoiar diretamente. Deixar o Rodrigo Maia no pincel tirando a escada, que é o que foi feito.

O PSDB também deixou o Doria falando sozinho, porque o PSDB tem interesse em secretarias.  A primeira secretaria, por exemplo, é da direção administrativa da Câmara. A Câmara tem uma população de 15 mil pessoas. A primeira secretaria é poder de prefeito municipal. As 15 mil pessoas são geridas por essa primeira secretaria.

Vamos esperar que as coisas andem, com pautas que possam olhar para os interesses do povo brasileiro e não para os seus interesses pessoais, em busca de poder. Agora pelos próximos dois anos tem uma nova administração e vamos torcer que ajam com responsabilidade na presidência da Câmara e do Senado. Sobretudo com o patriotismo, olhando para o país, olhando para as necessidades do país em um momento muito difícil, que que é o momento de pagar a conta da pandemia e sair dessa recessão em que o país entrou obrigatoriamente.

A gente vê que o país ainda se saiu bem, porque terminou o ano com uma inflação inferior a 5%. Sinal que a economia se mantém saudável embora tudo que poderia contrariar a renda, o emprego, a atividade econômica, o comércio, a indústria, a produção, tudo foi usado e ainda assim o Brasil resistiu o brasileiro resistiu.

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