O governo está preocupado com a queda da aprovação nessas últimas pesquisas. Saiu uma do Poder Data, muito confiável, feita em 212 municípios, em que Lula teve 48% de aprovação e 45% de desaprovação. Já está ali, meio a meio. Saiu outra, da Paraná Pesquisas, mas só no estado do Paraná. Ali quem ganhou a eleição foi Jair Bolsonaro, e Lula está bem fraquinho no Paraná: só 26% de “ótimo” e “bom”, 47% de “ruim” e “péssimo”. Aí vemos a busca de soluções para o Rio de Janeiro e o governo só pensa em inchaço. Fazer mais um ministério, um Ministério da Segurança Pública, que hoje faz parte do Ministério da Justiça. Mais um ministro, mais um chefe de gabinete, mais um secretário-geral, mais um monte de secretarias e de gente. E mais dinheiro para pagar as despesas do novo ministério. Esse dinheiro vai sair de onde? Do marciano? Do chinês? Não, vai sair do brasileiro.
Agora estão dizendo que “os super-ricos têm de pagar”. Quem são esses? É o pessoal que investe, que emprega muita gente, que tem muitas atividades empresariais, que paga muito imposto e que tem investimentos financeiros em off-shore, em fundos exclusivos. “Vamos tirar R$ 20 bilhões deles para ajudar.” Esse é um problema tratado de forma muito simplista: cobrar mais impostos e aumentar mais o Estado.
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Estado inchado não consegue garantir segurança pública de qualidade
O Estado tem de ter agilidade. Não consigo ver agilidade em algo que fica gordo, inchado. Agilidade é algo que é músculo e osso, e que funciona. A função do Estado é prestar serviços públicos, inclusive de segurança pública. Vejam só o que aconteceu no Maine, nos Estados Unidos, onde um atirador maluco matou 18 pessoas. Sabe quantos homicídios por ano tem o estado do Maine? Ano passado foram 29; no Brasil foram 47 mil; 1,6 mil vezes mais homicídios aqui, para uma população 200 vezes maior. Segurança pública é primordial, e o orçamento para ela é mínimo na área federal, embora a segurança pública em si seja competência estadual. De qualquer forma, é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos.
Conflito por causa de terras indígenas ainda está longe de acabar
Falando em segurança pública, que segurança têm os brasileiros que foram assentados por engano pelo Incra numa reserva indígena, em 1994, e estão lá até hoje? Agora já são os filhos dos primeiros assentados. Ainda há outra área, a de Cachoeira Seca. Também foi criada a reserva Ituna-Itatá para alojar os indígenas que saíram para a construção de Belo Monte. Na quinta continuava a tristeza, a decepção com o Estado brasileiro por parte das pessoas que estão lá plantando, produzindo, criando gado. E nem consigo imaginar o que se passa na cabeça dos integrantes da Força Nacional, obrigados a tirar seus compatriotas da terra onde estão, vendo que não se trata de criminosos, mas apenas de pessoas que estão lá produzindo e que são desamparadas pelo Estado brasileiro, jogadas fora como se fossem bandidos, mas não são. É o que está acontecendo em lugares como a Vila Mocotó. A autoridade fica em Brasília, alheia, de terno e gravata, no ar-condicionado, tomando decisões sobre quem está lá no Norte. Todos são brasileiros, todos. O brasileiro, em geral, não é de uma etnia só, é de várias. Somos o produto de uma mestiçagem que deu certo, e é lamentável que agora estejam tentando nos dividir.
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