Troca de presidente na Petrobras: sai o general Joaquim Silva e Luna e entra o economista Adriano Pires. O novo presidente, antes de ser indicado e se tornar mais conhecido, tinha uma ideia que ele já expressava em palestras. Ele é doutor em Economia Industrial pela universidade de Paris, e só pra lembrar, está há 40 anos no mercado como consultor da área de energia e petróleo. Já foi consultor do Banco Mundial, da Agência de Eletricidade, da Agência Nacional de Petróleo, do Ministério de Minas e Energia.
A ideia dele é criar um fundo de estabilização de preços, de modo que uma alta brusca no valor do petróleo, tal como aconteceu por causa da guerra, seja atenuada. Não é o abandono à política de vincular o preço interno ao preço internacional do petróleo, o que que seria suicídio. Mas a criação de um fundo que abrandasse e desse mais prazo para reajustar os preços, para que não houvesse esse repasse ao consumidor tão rapidamente como aconteceu naqueles quase 19% do aumento da gasolina e quase 25% de aumento no diesel.
Marqueteiro ingênuo
O Partido Liberal cometeu uma burrada infantil ao recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral contra manifestações políticas no Lollapalooza. A ação acabou promovendo o festival de música, que estava restrito ao seu público jovem, e acabou virando notícia. O PL agiu como marqueteiro e depois o próprio presidente da República convenceu o partido a retirar a queixa.
E nesta terça-feira aconteceu de novo. Um deputado estadual do Rio de Janeiro, do Podemos, pediu para o TSE barrar a participação de Lula em um evento na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Mas desta vez o TSE não entrou nessa e rejeitou o pedido de liminar.
Mais uma vez foi dada publicidade a um evento que passaria despercebido. É uma coisa tão ingênua que até surpreende. A pessoa que quer impedir o ato político se transforma em um marqueteiro que, de graça, acaba dando projeção ao evento. É incrível como as pessoas não param para raciocinar antes.
Tem que se cuidar
O presidente Jair Bolsonaro teve uma indisposição abdominal de novo e precisou passar a noite, de segunda (28) para terça-feira (29), no Hospital das Forças Armadas, em Brasília. Ele tem problema de trânsito intestinal por causa das aderências recorrentes da facada que sofreu em 2018. O Adélio "continua enfiando a faca" no abdômen do presidente da República.
Bolsonaro teria que seguir rigorosamente uma dieta de ingestão de líquidos e sólidos para facilitar o trânsito intestinal. Só que na manhã desta terça, ele já saiu correndo do hospital. Passou em casa e depois foi para a base aérea pegar um avião, levando a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para entregar títulos de terra em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.
A ministra disse que quando o presidente a convidou, ela pensou que ele fosse meio maluco. Mas, depois, percebeu que ele é determinado, corajoso e sem medo. Só que sem medo, em relação à recomendação médica, pode ser também traduzido por um ato temerário porque, pelo que se sabe, ele quer ter saúde e energia para mais quatro anos de governo, então tem que se cuidar.