A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que dá as diretrizes do orçamento federal do ano que vem, tem que ser aprovada antes de começar o recesso parlamentar, previsto para o dia 18 de julho. Portanto, 17 de julho é o último dia para isso ou não vai ter férias no Congresso.
Qual é o significado dessa lei? É ela que vai estabelecer, por exemplo, quanto vai ser o salário mínimo no ano que vem. Estamos apostando aí que vai passar de R$ 1.100 para R$ 1.150, porque o aumento vai ficar restrito à inflação em tempos de emergência. A LDO vai estabelecer também, por exemplo, qual é o déficit primário previsto.
Só para lembrar, no governo Dilma foi um caos. O déficit aumentou ano após anos e acabou "explodindo". No primeiro ano do governo Bolsonaro, o déficit ficou mais ou menos contido em R$ 95 bilhões. Mas aí veio a pandemia e "explodiu" de vez: R$ 743 bilhões de desequilíbrio, entre a receita primária e os gastos primários. Para 2022, a LDO está prevendo R$ 170 bilhões de déficit.
E a CPI da Covid, que quer continuar trabalhando no recesso, vai tentar obstruir a votação da LDO para que não haja recesso e eles possam continuar funcionando. Porque não depende do presidente do Senado — é a Constituição que manda entrar em recesso e ponto final. A menos que a LDO não seja aprovada.
Dono da Precisa quer depor, mas CPI não quer ouvir
Nesta terça-feira (13), a CPI irá ouvir uma diretora da Precisa Medicamentos. O presidente da empresa queria vir à CPI, mas os senadores não querem, porque sabem que o presidente da empresa é quem tem as informações corretas, certas, e aí pode derrubar mais essa narrativa das supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin, que nem aconteceu.
Cresce a fome no mundo
A FAO, que é a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, está mostrando que em um ano a pandemia botou no mapa da fome, da desnutrição, mais 160 milhões de pessoas. Dá quase a população de um Brasil — é o número de adultos no Brasil. Já são 800 milhões de pessoas no mundo passando fome, principalmente na Ásia, África, América Latina e Caribe.
Cuba acorda
O povo cubano resolveu reagir depois de 60 anos de opressão, de falta de liberdade, de 17 mil fuzilamentos, de gente morrendo nas prisões e afogada fugindo para a Flórida, onde vivem mais de 1,5 milhão de cubanos.
Na ilha que é um pouquinho maior que Pernambuco vivem 11 milhões de cubanos em situação deplorável. Depois que acabou a União Soviética, eles não tiveram mais auxílio econômico. E aí prometeram bem-estar e igualdade, mas não deram nem uma coisa e nem outra, e tira a liberdade.
O povo não aguentou mais, saiu às ruas no último domingo (11) pedindo liberdade, pedindo Cuba Livre, e veio a repressão. Porque o povo está desarmado, um povo desarmado fica sujeito à opressão. Não tem armas para reagir, a menos que aconteça como na Romênia, quando o ex-ditador Nicolae Ceausescu foi derrubado por um povo que estava armado apenas por suas mãos. Mas acabou que uma parte das Forças Armadas mudou de lado, e ele foi derrubado, julgado sumariamente e fuzilado.
Em Cuba, certamente, os privilegiados do partido comunista, que tem uma vida diferente, devem estar com medo disso e por isso defendem a sua sobrevivência reprimindo as manifestações.
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