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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Intolerância religiosa

Profanação de igreja e ofensa à fé religiosa são atos inaceitáveis

Invasão de igreja gera onda de críticas em todo o país; vereador do PT é alvo de pedido de cassação
Vereador Renato Freitas, do PT, liderou invasão a uma igreja católica localizada no centro de Curitiba neste sábado (5) (Foto: Malik Fotografia/Mandato Renato Freitas)

Um absurdo a profanação de uma igreja católica histórica em Curitiba. Um grupo de pessoas conduzido por um vereador do PT de nome Renato Freitas, portando bandeira vermelha do partido comunista, entrou na igreja na hora em que os fieis estavam esperando o início da missa. Gritaram palavras de ordem e ofensas à Igreja Católica – e isso fica de aviso aos milhões de católicos brasileiros, porque pode ser só o início. No Chile, em outubro de 2020, duas igrejas foram queimadas.

A igreja foi construída no século 18 por escravos, chamada de Igreja da Nossa Senhora do Rosário dos homens pretos de São Benedito. Durante muitos anos, foi local de missa de corpo presente das pessoas que morriam em Curitiba. Essa igreja chegou a ser matriz de Curitiba. Então, a profanação foi muito grave. A Câmara de Vereadores precisa fazer alguma coisa contra esse parlamentar.

Os invasores participavam de um protesto pela morte do congolês Moïse Mugenyi, no Rio de Janeiro. Ele foi morto depois de cobrar uma dívida em um quiosque na Barra da Tijuca. Foi derrubado no chão no bate e boca por três homens que acabaram matando-o a pauladas. Os três estão presos e as Polícias Militar e a Civil estão investigando o caso.

Agora, essas pessoas que estavam na igreja, que chamavam os católicos e a igreja de fascista, nazista e racista, é que são racistas, na verdade. Como nós sabemos, racista é todo aquele que põe a diferença de cor e a diferença de etnia como medida de todas as coisas. Os não racistas vêem a pessoa como normal, um igual, uma pessoa humana, sem se importar com a cor e a etnia, importando, sim, o seu caráter e valor.

Convite para posse

O presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta segunda-feira (7) a visita dos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, respectivamente futuro presidente e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Depois, em setembro, Moraes vai virar o presidente e presidir a eleição. Os dois foram entregar o convite a Bolsonaro para a posse deles no próximo dia 22.

Como marcaram na véspera, o presidente não pôde desmarcar o que estava na agenda, de modo que gabinete do presidente estavam presentes, acompanhando o encontro com a possibilidade de escutar o que estavam conversando, o ministro da Defesa, Braga Netto, e os três comandantes militares, mais o advogado-geral da União e o secretário nacional de Justiça. A conversa durou cerca de 10 minutos. À tarde, eles entregaram o mesmo convite para os presidentes da Câmara e do Senado.

Registro o fato porque não deixa de ser significativo, uma vez que não há nenhum ambiente amistoso entre Bolsonaro e os dois ministros do TSE.

Dois pesos e duas medidas

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, não aceitou pedido da defesa do ex-ministro Antonio Palocci, que queria igualdade de tratamento em relação a Lula. Anularam o processo do ex-presidente e desbloquearam os bens dele. Já Palocci, que está no mesmo processo, na mesma vara em que Sergio Moro era juiz em Curitiba, continua com todos os bens bloqueados.

Palocci fez uma delação premiada que deixou Lula furioso, pois disse que o petista recebia dinheiro levado por ele próprio. Mas Lewandowski não atendeu ao pedido da defesa. São dois pesos e duas medidas. São essas coisas que precisamos acompanhar no nosso Supremo.

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