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O presidente Bolsonaro não terá o celular apreendido pelo STF, mas ele já tinha dito que não entregaria. O pedido foi feito por um partido político de oposição e encaminhado pelo ministro Celso de Mello.
No entanto, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que partido político não é parte legítima para fazer pedidos sigilosos do presidente da República. Celso de Mello não deve ter gostado da decisão.
O ministro fez o despacho para arquivar o pedido, mas fez reprimendas a Bolsonaro. Celso de Mello disse que o presidente não quis obedecer a Constituição e o STF. O fato é que Bolsonaro expressou que não entregaria.
Não é só porque Bolsonaro disse que não iria entregar o celular, que essa seria a posição que ele teria. Portanto, Celso de Mello não pode afirmar nada. Gilmar Mendes até já disse que Bolsonaro nunca deixou de cumprir um pedido da Justiça.
Mais uma vez Celso de Mello cria atritos com Bolsonaro e se torna suspeito para continuar sendo relator do inquérito que investiga possíveis interferências por parte do presidente na Polícia Federal.
Depois que todo mundo viu o vídeo da reunião ministerial o inquérito foi pelo ralo. As pessoas perceberam que o que aconteceu naquele encontro não foi bem o que Sergio Moro disse. O ex-ministro que se sentiu atingido.
Aliás, saiu uma decisão do Conselho de Ética da Presidência da República que determina que Moro continue recebendo salário durante seis meses, começando pelo mês em que ele saiu do governo, mas em contrapartida o ex-ministro não poderá advogar.
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Investigação sobre fake news
Não sei se ainda há motivos para continuar com a investigação contra fake news deflagrada pela PF. Invadiram os dados do presidente, dos três filhos dele, de alguns ministros e de outros aliados.
Um dos aliados expostos foi o deputado estadual Douglas Garcia, que também foi citado no inquérito contra fake news. Ou seja, a escolha dos alvos é praticamente uma assinatura da ideologia da autoria. O Twitter retirou o conteúdo do ar com muita rapidez essa invasão.
Encontro de ministros
Na noite de segunda-feira (1), o ministro da Defesa general Azevedo e Silva e Alexandre de Moraes se encontraram na casa de do ministro do STF. A notícia da reunião dos dois só foi divulgada na terça-feira.
O inquérito das fake news está aberto há 14 meses, e não tem data para acabar. Entretanto, ele foi todo feito dentro do STF e não tem nenhuma finalidade. Mas, no próximo dia 10, o plenário vai decidir sobre.
Certamente os dois conversaram sobre isso na tentativa de evitar a continuação dos atritos entre os poderes. Os mesmo que estão torcendo para o coronavírus estão torcendo pelos atritos e quando isso não acontece eles inventam.
Sem projeto no Senado
O Senado não votou o Projeto de Lei, que de certa forma aumentaria as garantias de quem navega nas redes sociais, porque o relatório teve mudanças que ainda não foram concluídas.
Proibindo manifestações?
O governador Dória e o prefeito de São Paulo informaram que está proibido haver duas manifestações antagônicas ao mesmo tempo. Até parece que eles descobriram isso agora, mas está escrito na Constituição de 1988.
Outra coisa, as manifestações pacíficas estão sendo chamadas de antidemocráticas; e as manifestações violentas que queimam a bandeira do Brasil estão sendo chamada de antifascistas. Deve ser brincadeira com os nosso neurônios.