A reunião do G20 no Rio de Janeiro começou na segunda, termina na terça, haverá uma declaração conjunta e ficará tudo por isso mesmo. Todos viajaram, gastaram dinheiro dos seus contribuintes, 20 representantes de países, chefes de governo, chefes de Estado – só Vladimir Putin não veio para não ser preso, já que o Brasil estaria obrigado a isso por ser um dos signatários do tratado que deu validade ao Tribunal Penal Internacional.
De tudo o que está sendo dito na reunião do G20 ficam duas considerações. Muita gente fala de clima, mas o Sol, que é o dono do clima na Terra, não participa das reuniões. As pessoas falam em “combater o clima”, mas é impossível combater o Sol. Ícaro se deu mal. Temos de explicar para as pessoas que há ciclos: desde que a Terra existe, ela depende das explosões solares. Temos de conviver com isso e nos adaptar, evitar que haja o agravamento de situações.
E temos de parar de usar chavões. Não falam mais de “enchente” no meu Rio Grande do Sul; dizem “tragédia climática”. Mas como assim? Foi uma enchente. Claro que ela é causada pela chuva, que é consequência do clima; e é uma tragédia, mas uma tragédia administrativa, do Estado brasileiro, porque não limparam as calhas dos rios. Eu nasci em 1940 e tivemos enchentes muito grandes em 1940 e 1941; foram muito maiores, mas a calha dos rios estava mais livre. A cada enchente anual essa calha vai enchendo; não limpam, e depois chamam as novas enchentes de “tragédia”.
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Mais um caso de roubo de armas em quartéis do Exército
O Exército confirmou a notícia da Gazeta do Povo sobre o roubo de nove pistolas Beretta 9mm em um batalhão de infantaria em Cascavel (PR). Um amigo, oficial do Exército, que serviu na Vila Militar me contou que as facções criminosas costumam ou infiltrar recrutas ou conquistar recrutas para sua causa, oferecendo dinheiro, claro, para furtar armas. O Exército está investigando o caso de Cascavel, mas em outubro do ano passado foi ainda mais grave: foram 13 metralhadoras pesadas, ponto 50, e mais oito calibre 7,62. Seis militares e dois civis foram indiciados.
Eu não esqueço de outro caso bem mais famoso, em 1969: em um batalhão de infantaria em Quitaúna, cidade de Osasco (SP), o capitão Carlos Lamarca, ao trair o Exército, levou 63 fuzis FAL e dez metralhadoras INA – que eram uma porcaria, mas na época eram o que se tinha – e muita munição. Eu lembro quando o general Antônio Gabriel Esper era comandante em São Paulo, mais recentemente, ele foi buscar fuzis roubados e conseguiu recuperar todos. O Exército tem de mostrar que esse tipo de ação não fica impune.
Previdência dos militares não entrará no pacote do Haddad
Soube na segunda-feira que a previdência dos militares não vai ser tocada pelos cortes. Estão falando nisso para assustar e fragilizar as Forças Armadas, mas há resistência e não vai sair esse corte – aliás, não sei nem se os outros cortes vão sair, porque o ministro da Fazenda vai protelando, protelando. Vamos ver o que acontece depois do G20, porque o déficit público pelo excesso de gastos segue aumentando, exatamente por causa de coisas desnecessárias. Cargos, ministérios, burocratas, tudo por razões políticas. Este governo criou 14 ministérios que não existiam no governo passado. As estatais davam lucro no governo passado, mas agora a maioria dá prejuízo, porque misturam política com o serviço público.
STF demorou, mas validou contratação por CLT no serviço público
Falando em serviço público, o Supremo confirmou, por 8 votos a 3, uma reforma administrativa do século passado, mas que só agora foi votada. Os ministros decidiram que é possível haver contratação no regime de CLT no serviço público, com exceção dos cargos de Estado, como procurador, auditor fiscal ou juiz.
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