Josiel Alcolumbre (DEM), irmão do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), perdeu a eleição em Macapá (AP). Ele era candidato a prefeito. O candidato vencedor foi Dr Furlan (Cidadania), que era apoiado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), outra figura conhecida do Amapá.
Dr. Furlan obteve 55,67% dos votos válidos e Josiel recebeu 44,33%. Mais uma derrota para Davi Alcolumbre.
Esta é, aliás, a segunda derrota de Alcolumbre. A outra foi no Supremo Tribunal Federal (STF), em que ele queria continuar presidente do Senado, ou pelo menos se candidatar à reeleição. Nesse caso, por um 6 a 5 apertado, de gente que parece que não sabe ler a Constituição – quando os ministros decidiram que os presidentes da Câmara e do Senado não podem se candidatar à reeleição em uma mesma legislatura. Deveria ter sido 11 a 0.
Derrota também de Maia
Outro que foi derrotado nesse caso do STF foi Rodrigo Maia (DEM-RJ), que não poderá se candidatar à reeleição na Câmara dos Deputados, e está inquieto por causa disso. Ele está desesperado. Está rachando o próprio partido, que saiu com vitórias importantes nas eleições municipais.
Rodrigo Maia está provocando rachas dentro do DEM pela insistência em continuar mandando, embora não tenha sequer candidato à presidência da Câmara. Ele só pensou nele. Não teve uma alternativa, não teve um plano B. Agora está pagando com perdas políticas para ele e para o partido dele.
Enquanto isso, no Supremo...
Revela-se, no STF, uma quase rebelião contra o presidente Luiz Fux, que já se manifestou duas vezes pela não politização do Supremo. Para que o Supremo não sirva de instrumento de pequenos partidos que, não tendo voto em plenário na Câmara e no Senado, recorrem ao STF para bater no governo.
Agora que o Supremo entra em férias, até o fim de janeiro, ele ficaria tomando as decisões de emergências, de ações com liminar, de habeas corpus. No entanto, os ministros Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Lewandowski e Alexandre de Moraes disseram que não vão tirar férias. Porque eles também querem pegar os habeas corpus – Gilmar Mendes e Marco Aurélio, principalmente, os outros dois talvez queiram ações contra o governo.
São as idiossincrasias desse Supremo de hoje, que pauta mais pelo ativismo político do que pela interpretação da Constituição. Bom, divirtam-se...
Coronavac
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e Eduardo Paes (DEM) assinaram um compromisso de compra da vacina chinesa para a cidade do Rio de Janeiro. A vacina chinesa que eles dizem que é do Butantan.
É interessante porque o governador Doria vai ao Aeroporto de Guarulhos e diz: “Chegou a vacina do Butantan”. Mas o mais interessante desse acordo no Rio de Janeiro é que Eduardo Paes ainda não é o prefeito do Rio de Janeiro, pois ainda não tomou posse, e nem a vacina chinesa tem o certificado da Anvisa. Portanto, ainda não é uma vacina autorizada para funcionar no país.
Uma observação
Fiquei sabendo que em um abrigo de idosas, em Vera Cruz (RS), com 18 moradoras, 15 testaram positivo para Covid-19. A enfermeira do abrigo as tratou com ivermectina e aspirina, que é analgésico e anticoagulante. Todas elas saíram da Covid, segundo me informam.
Ainda sobre vacina...
Em 1907, fizeram uma marchinha de carnaval, logo após a Revolta da Vacina, que obrigou o governo a recuar. À época, com a obrigação da vacina antivariólica (contra varíola), a pessoa que não fosse vacinada não poderia matricular o filho na escola, não poderia ingressar em emprego, não poderia fazer registro em hotel, nem viajar, e tinha que pagar multa. Houve barricadas no Rio de Janeiro, 30 óbitos, 110 feridos, e acabou que o governo recuou.
Mas saiu uma marchinha, que começava assim: “Anda o povo acelerado/ Com horror à palmatória/ Por causa dessa lambança da vacina obrigatória/ Os magnatas da sabença/ Estão teimando dessa vez/ Em meter o ferro a pulso / Bem no braço do freguês”.
Esse é o começo. Quem quiser saber toda a marchinha, a letra está no site da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A música foi interpretada por Mário Pinheiro, e fez sucesso no Carnaval de 1907.
É aquela história que a gente vê na literatura, no cinema e nas imposições totalitárias.. o pretexto é sempre assim: “É para o seu bem”.
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