Perguntaram para o governador Romeu Zema sobre a possibilidade de Jair Bolsonaro vir a ser candidato à Presidência da República, sucedendo a Lula. Ele respondeu o mesmo que eu tenho dito aos que me perguntam. Em primeiro lugar, eu digo que não tenho bola de cristal; isso depende da Justiça Eleitoral. Mas já vimos – e isso Zema lembrou – uma pessoa que estava condenada três vezes, já tinha cumprido mais de 500 dias de pena, foi retirada da prisão, foi descondenada e virou presidente da República. Então, conclui Zema, neste país tudo é possível.
Bolsonaro se tornou inelegível porque disse o que agora veio a dizer Gabriel Boric, o presidente esquerdista do Chile, referindo-se à Venezuela: “Não dá para aceitar um resultado eleitoral se a contagem dos votos não for transparente”. Bolsonaro expressou preocupação exatamente com isso. Aliás, na Venezuela, estamos vendo agora, tem comprovante do voto, se não me engano. Mas não foi suficiente para resolver a questão, porque fizeram uma enrolada monumental por lá. Todas as previsões, os levantamentos, as contagens feitas por um lado, davam a derrota de Maduro, por 70% a 30%. E disseram que ele ganhou pelo famoso 51,2%. Parece que é um algoritmo aí, muito usado.
Mais um governador do Rio se encrenca com as autoridades
A Polícia Federal fez mais um indiciamento que deixou todo mundo surpreso. Ninguém menos que o governador Claudio Castro, do Rio de Janeiro, por corrupção e peculato. O Rio parece que tem alguma coisa, está precisando de uma grande bênção. Aliás, um ex-governador do Rio já foi o maior condenado do mundo – e está solto. A mulher desse ex-governador, também cheia de joias e tal, pôde ir pra casa pra cuidar dos filhos, um de 11 e outro de 14 anos. Já a moça do batom, do “perdeu mané” na estátua da justiça, não consegue ter isso, mesmo com filhos ainda menores, só para lembrar.
Governos do PT são mais fatais para as contas públicas que a pandemia e a dengue
Nem a Covid-19 e o mosquito da dengue conseguiram ser piores, mais fatais às contas públicas do que essa administração. São dados oficiais: a dívida pública está em 77,8% de tudo o que se produz no país. Tudo. Pegue todo o PIB do Brasil, e quase 80% é dívida. É como se você somasse tudo que você tem na sua casa, o que você produz, o que você, seu cônjuge e seus filhos ganham, e estivesse devendo quase 80% de tudo isso. Esses 77,8% dão R$ 8,691 trilhões. A média da América Latina é de 68%, nós somos os campeões de dívida no continente. Mesmo na pandemia a dívida era um pouquinho menor, por volta de 77%. Mas logo depois o governo anterior se recuperou e baixou o indicador para 73%. Estava quase na média da América Latina, e agora disparou.
Estamos também com o maior déficit nominal da história. Nunca antes na história deste país tivemos um déficit de R$ 1,108 trilhão no acumulado dos últimos 12 meses. Em plena pandemia, chegou a R$ 1 trilhão. Este déficit atual já está em quase 10% do PIB.
Nós perdemos o selo de bom pagador, o grau de investimento, no governo Dilma. Sabe quem ganhou agora, há poucos dias? O Paraguai. Tem grau de investimento da Moody’s. E a toda hora ouvimos o presidente da República fazendo discurso, citando a mãe dele, dona Lindu, que o ensinou a não gastar mais do que ganha. Só palavras, palavras, palavras.
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos