Ricardo Salles pediu para deixar o cargo no Ministério do Meio Ambiente nesta quarta-feira (23). A saída dele já foi oficializada e publicada no Diário Oficial da União. Acho até que ele demorou um pouco para pedir demissão.
Se Salles tivesse feito isso quando foi deflagrada a Operação Akuanduba, para se defender das acusações, teria evitado um desgaste desnecessário ao governo. Ele é investigado por, segundo a Polícia Federal, facilitar a exportação ilegal de madeira para os EUA e a Europa.
Em maio, quando o ministro do Supremo Alexandre de Moraes autorizou busca e apreensão na casa de Salles foi uma surpresa para o agora ex-ministro e o presidente da República. Aliás, a operação derrubou a narrativa de que Bolsonaro influencia a Polícia Federal.
Salles deixa um legado voltado para o meio ambiente urbano: lixo, saneamento, esgoto e água tratada. Semana que vem será anunciado processo seletivo para contratar mil vagas para fiscais do Ibama e do ICMBio.
O substituto de Salles é Joaquim Álvaro Pereira Leite, que antes comandava a Secretaria da Amazônia e Serviços Ambientais do Ministério do Meio Ambiente. Leite é formado em Administração na Universidade de Marília com MBA no Insper.
Por muitos anos foi conselheiro da Sociedade Rural Brasileira. Portanto, tem os pés na terra. Leite é um conhecedor do meio ambiente e das necessidades do agronegócio.
Polêmica com a Covaxin
Foi publicada uma troca de mensagens, em março, entre o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e um assessor do presidente Bolsonaro. Na conversa, Miranda aponta supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin e pede ao assessor que leve suas preocupações a Bolsonaro.
Segundo o parlamentar, houve superfaturamento na aquisição dos imunizantes e ele afirmar ter provas disso. Mas o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, enfatizou que o pagamento pela compra da Covaxin ainda não foi realizado. Certamente houve a negociação, mas nenhuma dose foi entregue.
Na mesma entrevista, o ministro afirmou que já foram contratadas mais de 630 milhões de doses de imunizantes e nenhuma delas é da Covaxin. O imunizante nem sequer tem o registro de uso na Anvisa ainda. A agência autorizou a importação de um pequeno lote da Covaxin, assim como da Sputnik V, para testes com diversas restrições e exigências.
Um dos diretores da empresa que intermediou o contrato com a farmacêutica indiana para comprar a Covaxin faltou no depoimento que ia prestar à CPI da Covid, nesta quarta-feira (23), afirmando que havia voltado da Índia e precisava manter isolamento devido à cepa Delta — mutação indiana mais agressiva da Covid-19. A história é estranha e demanda mais esclarecimentos.
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