EUA anunciaram novas sanções contra membros da ditadura de Nicolás Maduro.| Foto: EFE/Imprensa do Palácio de Miraflores
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Não é coisa de rede social, nem de brasileiro perseguido político que está nos Estados Unidos: os norte-americanos impuseram sanções a 21 autoridades venezuelanas, como restrições financeiras e bloqueio de contas bancárias e propriedades em geral na Flórida. Entre os alvos tem juiz da suprema corte, gente que organizou as eleições, da Guarda Nacional Bolivariana, das Forças Armadas, e ministros.

Os Estados Unidos estão dizendo que desejam liberdade na Venezuela. O presidente eleito tem de tomar posse em 10 de janeiro, e o vencedor é o ex-embaixador Edmundo González. Os americanos sabem porque a eleição venezuelana é transparente, a apuração também é. Todos ficaram sabendo do resultado. Nicolás Maduro mandou parar tudo quando estavam com 83,5% dos votos contados, mas já era tarde: todos viram a grande diferença, viram que o vencedor tinha feito quase o dobro dos votos de Maduro.

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Precisamos ter uma eleição assim no Brasil: todos acompanham, todos entendem. Em 2026 teremos eleições para governador, deputado federal, senador, deputado estadual e presidente da República. O que os congressistas estão fazendo, que não se preparam para isso? O brasileiro precisa entender a apuração. O voto é secreto, mas a apuração é pública. Seja com comprovante do voto, seja com voto em papel, não tem problema nenhum demorar um pouco mais. Na verdade, nem demora: em outros países, assim que cada seção termina a votação já começa a contar. Em meia hora está tudo contado e sai o resultado. É o nosso voto, nossa escolha. Temos de afastar qualquer dúvida para que não fique nada pesando sobre nossas cabeças, para não ficarmos nos perguntando “será que foi esse mesmo o resultado?”

Mesmo indiciado, Bolsonaro segue liderando todos os cenários em pesquisa 

O instituto Paraná Pesquisas fez uma pesquisa entre os dias 21 e 25 de novembro, exatamente o momento em que se anunciava o “golpe” e que Jair Bolsonaro era indiciado, e Bolsonaro ganha todas, no primeiro turno e no segundo turno. Michelle Bolsonaro aparece em empate técnico com Lula, e logo atrás ainda vem o governador Tarcísio de Freitas. No cenário principal, Lula tem 33% e Bolsonaro, 37% no primeiro turno. Em cenários diferentes, às vezes sem Bolsonaro, às vezes sem Lula, Fernando Haddad aparece com 14%, Ronaldo Caiado com 8,9%, Romeu Zema com 12%, Ratinho Júnior com 15%, Tarcísio com 24%, Michelle com 27%. No segundo turno, Bolsonaro derrota Lula por 43,7% a 41,9%. Se Michelle disputasse com Lula estariam praticamente empatados: 42,7% para o petista e 40,8% para ela. Tarcísio contra Lula também estaria embolado no segundo turno: 43% a 39,2% para o atual presidente.

Caos fiscal do Brasil é notícia nos grandes jornais americanos 

O Washington Post e o New York Times mostraram a situação terrível da política econômica sem rumo do governo. Na quarta-feira o dólar fechou a R$ 5,91, um recorde. O IPCA, que mede a inflação oficial, está acima do limite de tolerância da meta, que é de 4,5%: agora está em 4,77% no acumulado de 12 meses. E muita gente nem acredita nisso, porque, quando confere o preço da picanha, vê que ela subiu mais que isso.