O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.| Foto: EFE/Miguel Gutiérrez
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Aconteceu com a Venezuela, mas fica o aviso para o Brasil, já que a comparação é constante. Outro dia, o presidente Lula disse que Nicolás Maduro tem de mostrar o tíquete, o comprovante de voto, para provar que ele ganhou. Afirmou que o tíquete comprova o resultado de uma eleição. E em outubro teremos uma eleição sem tíquete.

Os Estados Unidos estão dizendo que a Venezuela cometeu uma série de ataques aos direitos humanos e, com isso, autoridades venezuelanas sofrerão sanções. Na lista estão membros do Tribunal Supremo de Justiça, incluindo a presidente da corte; o procurador que emitiu a ordem de prisão contra o candidato vitorioso, Edmundo González (que está asilado na Espanha); o chefe das Forças Armadas; o comandante da Guarda Nacional Bolivariana; o secretário-geral do Conselho Nacional Eleitoral; o vice-presidente da Assembleia Nacional. Os que anunciaram a falsa vitória de Nicolás Maduro serão sancionados.

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E como será isso, os americanos vão entrar lá para prender esse pessoal todo? Não. Primeiro, quem está na lista não pode entrar nos Estados Unidos. Segundo, se algum deles tem algum imóvel em Miami, em Orlando ou em qualquer lugar dos Estados Unidos, o bem está bloqueado. Se tem conta em algum banco de Miami ou naqueles bancos internacionais, a conta está congelada. Tudo aquilo que levaram para ficar seguro fora da Venezuela está bloqueado agora. E isso pegou todo mundo: general, chefe da Guarda Nacional, da suprema corte, do órgão eleitoral, do Legislativo.

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Enquanto isso, na ONU, 49 nações, mais os países da União Europeia, assinaram uma moção dizendo que a Venezuela tem de voltar para a democracia, porque está desrespeitando direitos humanos, fazendo prisões arbitrárias, não obedece o devido processo legal e tem 1,8 mil presos políticos. O mundo está acordando sobre isso.

Janones é indiciado pela Polícia Federal em suspeita de “rachadinha”

O deputado federal André Janones (Avante-MG) foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de ter cometido corrupção passiva, peculato e associação criminosa. É a “rachadinha”. Há uma gravação dele dizendo que gastou muito e ficou devendo na campanha para a prefeitura de Ituiutaba (MG), e pedia para os funcionários contribuírem nisso. Dizia que eles ganhariam a mais para ajudá-lo a pagar o débito. Ou seja, ele aumentaria os salários, e a diferença depois voltaria para ele. E o pagador de impostos é que iria bancar esse inchaço da folha do gabinete do deputado.

O Supremo Tribunal Federal (STF) viu os indícios e autorizou abertura de inquérito. E a Polícia Federal, com base nos indícios, indiciou. Agora, a Procuradoria-Geral da República (PGR) decide se apresenta a denúncia por crime comum. Isso não é crime político, não se enquadra na inviolabilidade de deputados e senadores por quaisquer palavras - inviolabilidade que, aliás, não tem sido respeitada pela suprema corte.

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Congresso autoriza governo a confiscar R$ 8,5 bilhões de cidadãos brasileiros

A Câmara dos Deputados e o Senado autorizaram o governo a meter a mão no dinheiro que não é dele. E não é pouco: R$ 8,5 bilhões que pertencem a cidadãos brasileiros. O dinheiro ficou lá, veio um depósito judicial, uma decisão com a Fazenda Nacional, foram depositando, depositando, depositando, mas a pessoa nem ficou sabendo e deixou lá. Talvez tenha até morrido, mas ainda assim há os herdeiros, os inventariantes. Depois que o presidente Lula sancionar isso, as pessoas terão 30 dias para entrar no site do Banco Central e se identificar. Isso não acontece com banco sério, em país sério. “Deixou aqui e não veio buscar? Então é meu!” Que feio, que horrível!