O jornalista Sergio Tavares foi questionado pela Polícia Federal sobre suas opiniões políticas.| Foto: Gazeta do Povo
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A Comissão de Segurança Pública do Senado Federal aprovou, pelo voto, o convite ao diretor-geral da Polícia Federal para explicar a retenção do jornalista português Sérgio Tavares, e dizer por que lhe fizeram perguntas sobre questões políticas internas brasileiras que ele vinha abordando, como a independência de poderes, as eleições, a apuração, o 8 de janeiro, os ministros do Supremo e a liberdade de expressão. Vai ser interessante, quando o diretor da Polícia Federal aceitar o convite e marcar data para ir ao Senado.

O que fizeram foi um tiro no pé. Não que houvesse alguma coisa para esconder, mas a retenção do jornalista revelou para o mundo a situação da liberdade de imprensa, da liberdade de expressão, de como não estão aplicando o inciso IV do artigo 5.º, nem o artigo 220 da Constituição. São coisas que estão previstas na Constituição, mas apenas lá, porque do Brasil real elas já saíram.

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Enquanto isso, deve ser ouvido no Comitê de Direitos Humanos do Congresso norte-americano o jornalista brasileiro Paulo Figueiredo, que está nos Estados Unidos com as contas bloqueadas no Brasil e com o passaporte confiscado. Ele também vai falar sobre liberdade de expressão no Brasil.

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Lula não quer se aproximar do agro e deixa porta aberta para Bolsonaro

Também foi tiro no pé, um erro muito grande de estratégia ou de marketing, que o presidente da República tenha perdido a oportunidade de agradecer ao agronegócio pelo resultado do PIB. A indústria afundou e o agro, com 15,1% de crescimento, sustentou tudo: contas externas, balanço de pagamentos, balança comercial, emprego, agroindústria. Pelo contrário, Lula tem ofendido o agro. Não foi, por exemplo, a esse grande evento do agro tecnológico na capital da agricultura de precisão, em Não-Me-Toque (RS), deixando a porteira aberta para Jair Bolsonaro entrar. E foi uma festa. Ficou certamente registrada a ausência do presidente da República, mostrando que ele mantém distância do agro. Um erro muito grande.

Investidor estrangeiro segue fugindo da bolsa brasileira 

Saíram novos números da bolsa de valores de São Paulo, referentes às aplicações de investidores estrangeiros na renda variável, no mercado de capitais. Em janeiro saíram R$ 8 bilhões; em fevereiro, saíram R$ 9,45 bilhões – quer dizer, em dois meses desse ano R$ 17,5 bilhões já saíram da B3, da Bolsa de Valores de São Paulo, em investimentos estrangeiros em renda variável. Isso significa queda de confiança no governo. Pelo contrário, na Argentina, o crédito argentino já subiu quase 900 pontos desde o início do governo Milei.

Pacheco vai esperar STF para pautar PEC das Drogas

A PEC das Drogas só vai ser votada no Senado depois que o Supremo decidir o julgamento sobre a legalização – e pode decidir nesta quarta-feira, pois, se vier mais um voto a favor, está liberado o porte de até 60 gramas de maconha, ou seja, o sujeito faz dez viagens e já tem 600 gramas de maconha para vender. O único voto contrário até agora é do ministro Cristiano Zanin, que foi advogado de Lula. Muita gente se admirou, mas não eu; afinal, ele tem três filhos e vai ter netos, e quem tem filho e neto é contra a droga, evidentemente.

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A PEC está pronta, acrescentando um inciso no artigo 5.º, que é cláusula pétrea, criminalizando qualquer posse ou porte de droga ilícita, em qualquer quantidade. Estava tudo pronto para votação nesta quarta-feira, mas, por vontade do presidente Rodrigo Pacheco, que não quer confronto com o Supremo, vão esperar o resultado do julgamento.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]