O Supremo está no meio de um julgamento importante e que interessa a um dos maiores setores da nossa economia, o de comércio e serviços. Estão querendo derrubar uma parte da reforma trabalhista de 2017, aprovada no governo Temer. Uma parte inteligente dessa reforma, que criou o contrato de trabalho intermitente. O garçom, o cozinheiro, o balconista podem ter quatro, cinco, seis empregos porque tem horários intermitentes de trabalho. O garçom que atende a hora do almoço num restaurante, por exemplo, atende a hora do jantar no outro restaurante, e de manhã ele pode atender numa padaria. Basta o acerto entre empregado e patrão, e ponto final. Garante o trabalho, as férias, fica tudo acertado, sem jornada fixa de oito horas ou período mínimo de tantas horas.
É flexibilidade para as pessoas trabalharem. Por isso vai tanto brasileiro para os Estados Unidos ganhar dinheiro lá, nesse tipo de trabalho. Mas entraram no Supremo para derrubar isso, para vermos como está cheio de espírito de porco neste país, de gente sádica que quer que o país sofra. Quando se resolvem as coisas, querem derrubar o que foi a melhor solução. O julgamento está empatado, 2 a 2. Alexandre de Moraes e Nunes Marques disseram que não há nada de errado nisso, que o contrato de trabalho intermitente é constitucional e deve seguir valendo. Rosa Weber (que votou antes de se aposentar) e Edson Fachin disseram que é inconstitucional. Faltam sete votos, que devem vir até 13 de setembro.
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A Frente Parlamentar do Comércio e Serviços, que tem 174 deputados e 19 senadores, está preocupadíssima, porque isso vai estragar tudo que já foi combinado com dezenas de milhares de trabalhadores que estão sustentando a família dessa forma. É um espírito permanente de destruição do país. Há quem ache que isso é planejado. Não é! O sujeito é espírito de porco mesmo, nasceu para aquilo. O professor, em algum lugar, meteu na cabeça dele. Digo isso porque um jovem de Juiz de Fora me abordou aqui em Lisboa para dizer que os da mesma geração dele tiveram a cabeça fraca e acreditaram na catequização esquerdista de militância dos professores, e aí fazem essas besteiras.
Governo queria homenagear MST no 7 de setembro
Falando em bobagem, estavam planejando homenagem ao MST no 7 de setembro em Brasília. Agora desistiram, mas isso estava preocupando muita gente. Por quê? Porque o MST é uma entidade fora da lei, que invade terras dando uma banana ao direito de propriedade, que é cláusula pétrea da Constituição, está no caput do artigo 5.º, na mesma linha do direito à vida. O direito de propriedade é um direito natural, mas eles passam por cima, quebram a porteira, derrubam a cerca, matam o gado, tocam fogo no trator (isso quando não pegam o trator para destruir o laranjal), incendeiam praça de pedágio, entram em ministério tocando fogo, fazem quebra-quebra dentro do Congresso Nacional. E seriam homenageados. O governo querendo estimular o antidemocrático, fazer do 7 de setembro uma manifestação antidemocrática.
Nicarágua agradece envio de armas russas para proteger ditador
Daniel Ortega participou de um desfile militar nesta terça-feira e fez um agradecimento à União Soviética por terem oferecido armas e apoio à Revolução Sandinista que derrubou o Tachito, o filho do Anastasio Somoza, em 1979. Trocaram a Guarda Nacional pelo Exército Popular Sandinista, agora é Exército da Nicarágua. Ortega também agradeceu muito à “mãe Rússia” porque as armas modernas do exército foram fornecidas pela Rússia.
Que exército é esse? É para defender a Nicarágua de algum perigo externo? Não. É uma guarda pretoriana para defender o ditador, que já cortou relações com o Brasil por causa da expulsão de padres, que o Brasil criticou. Ortega expulsou todos os padres, prendeu os candidatos à presidência na eleição, e continua no poder. Depois da revolução, governou de 1979 até 1990. Voltou em 2007 e está até hoje, junto com a mulher, Rosário Murillo. Ela também é vice-presidente, e dizem que manda muito.
O BNDES e Eletrobras fizeram na Nicarágua uma hidrelétrica de US$ 1,2 bilhão. Não sei como é que se desenrolou isso, se Ortega pagou ou não pagou. Eu só sei que, no TCU, Bruno Dantas e José Múcio (que hoje é ministro da Defesa) bloquearam um aporte da Eletrobras para essa construção no governo Dilma, em 2016.
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