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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Demissão dupla

Tentaram passar por cima da ordem de Bolsonaro. Mas não conseguiram

Tentaram passar por cima da ordem de Bolsonaro. Mas não conseguiram
Tentaram passar por cima da ordem de Bolsonaro. Mas não conseguiram (Foto: Marcos Corrêa/PR)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de emergência global de saúde por causa do coronavírus. Eu fiz uma comparação, relativa à população, dos números de mortes no Brasil pelas calamidades provocadas pelas chuvas e as mortes pelo coronavírus na China.

Foram 170 mortes na China pelo vírus e cerca de 70 mortes aqui no Brasil. Comparando em função da população, 70 mortes para 210 milhões de brasileiros e 170 mortes para 1,4 bilhão de chineses... Aqui nós temos uma calamidade três vezes superior em números relativos de mortos.

Esses números mostram a seriedade com que tem que ser tratado esse problema de todos os janeiros dos últimos 50 anos, no mínimo. É uma questão de preparar as cidades para receber a chuva, porque ela virá de qualquer maneira.

Entulhar bueiro, vias de escoamento de água, riachos, impermeabilizar o chão e permitir que haja construções em encostas de morros são medidas que deveriam acabar. Senão acabarem, as enchentes vão continuar.

O presidente Bolsonaro foi aos estados afetados pelas chuvas, está criando um crédito de quase R$ 900 milhões para o Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mas esse dinheiro é para obra emergencial. É preciso ter medidas objetivas e definitivas de fiscalização e controle das encostas e do solo.

Tentaram passar por cima da ordem de Bolsonaro

O senhor Vicente Santini acabou sendo demitido duas vezes. O ex-secretário usou o avião da FAB junto com duas integrantes do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para ir para a Suíça e depois para a Índia.

Quando Santini voltou para o Brasil, ele já estava demitido. No momento ele era o ministro interino da Casa Civil. O que assumiu no lugar dele, como ministro interino, o nomeou para outro cargo um pouco mais abaixo.

Essa decisão foi tomada como se o presidente não fosse ficar sabendo. Houve uma tentativa de passar por cima da ordem do presidente. Mas, Bolsonaro soube e demitiu os dois, o novo e o antigo secretário. Agora os dois não são mais nada.

Depois de disso, Bolsonaro aproveitou e tirou o PPI da alçada da Casa Civil e entregou para o lugar onde deveria estar, que é com o ministro Paulo Guedes, provavelmente vai ficar sob o comando desse motor que é Salim Mattar – que é responsável pelas privatizações.

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Separação entre poderes?

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, continua criticando o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Ele tem todo o direito, pois o Legislativo também serve para crítica e fiscalização do governo.

Por outro lado, na separação de poderes, eu nunca vi o presidente Bolsonaro falar do uso de aviões da FAB por parte do presidente da Câmara. Eu fiquei sabendo que é recorrente por causa dos protestos nas redes sociais, está todo mundo se queixando disso.

O ministro Osmar Terra, da Cidadania, que mais viajou fez 113 vôos ano passado; Rodrigo Maia fez mais do que o dobro disso, 229 – pelo menos até 9 de dezembro. Agora, em janeiro, mês de férias, ele já fez 12 voos.

O presidente Jair Bolsonaro nunca reclamou disso, nem poderia. Ele não está se metendo no Legislativo, está obedecendo a divisão e a harmonia entre os poderes. Ele falou também que se dá muito bem com Maia e com Alcolumbre.

Isso está dentro das relações políticas do governo brasileiro, que não é apenas o Poder Executivo e sim a soma dos três poderes – Executivo, Judiciário e Legislativo.

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