A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de emergência global de saúde por causa do coronavírus. Eu fiz uma comparação, relativa à população, dos números de mortes no Brasil pelas calamidades provocadas pelas chuvas e as mortes pelo coronavírus na China.
Foram 170 mortes na China pelo vírus e cerca de 70 mortes aqui no Brasil. Comparando em função da população, 70 mortes para 210 milhões de brasileiros e 170 mortes para 1,4 bilhão de chineses... Aqui nós temos uma calamidade três vezes superior em números relativos de mortos.
Esses números mostram a seriedade com que tem que ser tratado esse problema de todos os janeiros dos últimos 50 anos, no mínimo. É uma questão de preparar as cidades para receber a chuva, porque ela virá de qualquer maneira.
Entulhar bueiro, vias de escoamento de água, riachos, impermeabilizar o chão e permitir que haja construções em encostas de morros são medidas que deveriam acabar. Senão acabarem, as enchentes vão continuar.
O presidente Bolsonaro foi aos estados afetados pelas chuvas, está criando um crédito de quase R$ 900 milhões para o Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mas esse dinheiro é para obra emergencial. É preciso ter medidas objetivas e definitivas de fiscalização e controle das encostas e do solo.
Tentaram passar por cima da ordem de Bolsonaro
O senhor Vicente Santini acabou sendo demitido duas vezes. O ex-secretário usou o avião da FAB junto com duas integrantes do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para ir para a Suíça e depois para a Índia.
Quando Santini voltou para o Brasil, ele já estava demitido. No momento ele era o ministro interino da Casa Civil. O que assumiu no lugar dele, como ministro interino, o nomeou para outro cargo um pouco mais abaixo.
Essa decisão foi tomada como se o presidente não fosse ficar sabendo. Houve uma tentativa de passar por cima da ordem do presidente. Mas, Bolsonaro soube e demitiu os dois, o novo e o antigo secretário. Agora os dois não são mais nada.
Depois de disso, Bolsonaro aproveitou e tirou o PPI da alçada da Casa Civil e entregou para o lugar onde deveria estar, que é com o ministro Paulo Guedes, provavelmente vai ficar sob o comando desse motor que é Salim Mattar – que é responsável pelas privatizações.
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Separação entre poderes?
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, continua criticando o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Ele tem todo o direito, pois o Legislativo também serve para crítica e fiscalização do governo.
Por outro lado, na separação de poderes, eu nunca vi o presidente Bolsonaro falar do uso de aviões da FAB por parte do presidente da Câmara. Eu fiquei sabendo que é recorrente por causa dos protestos nas redes sociais, está todo mundo se queixando disso.
O ministro Osmar Terra, da Cidadania, que mais viajou fez 113 vôos ano passado; Rodrigo Maia fez mais do que o dobro disso, 229 – pelo menos até 9 de dezembro. Agora, em janeiro, mês de férias, ele já fez 12 voos.
O presidente Jair Bolsonaro nunca reclamou disso, nem poderia. Ele não está se metendo no Legislativo, está obedecendo a divisão e a harmonia entre os poderes. Ele falou também que se dá muito bem com Maia e com Alcolumbre.
Isso está dentro das relações políticas do governo brasileiro, que não é apenas o Poder Executivo e sim a soma dos três poderes – Executivo, Judiciário e Legislativo.