O presidente eleito [Luiz Inácio Lula da Silva] esteve no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para fazer uma avaliação da cirurgia que fez na garganta. Está tudo ok. Ele já está voltando a Brasília. A recomendação insistente é não usar demais a voz. Eu sabia! Quando anunciaram que ele ia ficar calado por três dias, eu disse: 'olha eu já fiz essa cirurgia e demora muito mais tempo, no mínimo uns 10 dias sem forçar a garganta'.
Estão pedido mais cadeiras para o CCBB, em Brasília
No Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde está o governo de transição, na sexta-feira (2) pediram mais cadeiras. Cada vez está chegando mais gente. Não tem mais cadeira pra tanta gente. Começou com 30, 50, 100, 300, 500 (...). Agora estão falando que são mil pessoas. Nunca se viu nada igual.
Um integrante da primeira equipe de transição do primeiro governo Lula disse que eram 15. Todo mundo querendo uma boquinha, um DAS, que é Direção e Assessoramento Especial. DAS 5, 4, 3, 2, 1. É uma graninha que entra sem precisar fazer concurso. E fica por ali, assinando coisas, carimbando, olhando, chefiando. Sem ter feito concurso, sem conhecer o setor. Serão 34 ministérios pra abrigar todo mundo. São 23 hoje. Serão mais 11. Nem vai caber na Esplanada, como nas cadeiras do Centro Cultural Banco do Brasil. A Esplanada dos Ministérios tem 19 prédios para ministério, incluindo aí o Itamarati e o Ministério da Justiça. Bota mais três ministérios no Palácio do Planalto, ainda sim vai faltar.
Tudo isso a gente paga, né? Cada ministro tem chefe de gabinete, tem secretário-geral (...). Cada secretário-geral e cada chefe de gabinete tem por sua vez o seu chefe, isso, aquilo e aquilo outro, né? Aquela profusão de cargos em comissão de gente que não precisa fazer concurso simplesmente porque é dos partidos que compõem o governo. É aquela festa com o seu dinheiro. Por isso que você paga imposto. Por isso que quando você vai num supermercado e paga tudo que compra um pouquinho mais caro porque você está pagando o imposto, assim como quando abastece seu carro, ou até quando paga passagem do ônibus. Tem imposto em tudo, e a empresa de ônibus paga imposto também.
Estão anunciando quem serão os ministro e estão dizendo que vai ser o [Fernando] Haddad o ministro da Fazenda. É um negócio assim incrível. O Lula disse que já tem 80% dos ministros na cabeça, são 27 já. E tem que ter uma boa memória pra guardar tanta gente, nome de tanta gente na cabeça.
Deputado do PT e Calheiros querem proibir uso da bandeira e manifestações
Uma outra questão é um deputado do PT de Sergipe, que está com uma proposta de lei para proibir o uso da bandeira nacional e do hino. Se você quiser cantar o hino, assim numa manifestação, ele quer proibir. Se você quiser levar uma bandeira do seu país, bandeira que representa você, seus filhos, seus netos, seu avô, seu bisavô, você não vai poder pelo projeto. Nem cantar o belo hino nacional brasileiro. É um projeto de um deputado do PT de Sergipe.
Algo semelhante é do [senador] Renan Calheiros (MDB-AL), com o apoio do presidente do senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que não é surpresa pra nós. É aquele "status quo" querendo se proteger, porque descobriram que o povo está se descobrindo como mandante e eles são os mandatários. Eles são apenas os representantes do povo, empregados do povo, o povo é o patrão. Querem conter o patrão.
O Renan Calheiros está fazendo um projeto de mudança constitucional que restringe manifestações. Para considerá-las todas assim, aquilo que a gente vê hoje numa certa mídia, que sãos os atos antidemocráticos. Isso significa total censura, mas isso é impossível, porque é proibido mudar direitos e garantias fundamentais, artigo 5º. E a liberdade de expressão está prevista no artigo 5º, assim como o direito de locomoção, a liberdade de reunião. Está lá prevista. Isso é impossível.
Estou apenas dizendo que é impossível, agora como impedir isso, cabe a cada eleitor, cidadão e pagador de impostos. Por isso, dono do Estado brasileiro. O Estado funciona em função do povo. A Constituição é feita para conter os abusos do Estado. Pra garantir a liberdade do povo, não custa repetir o óbvio.
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