Surpresa no Supremo: Dias Toffoli votou pela criminalização do porte de qualquer quantidade de maconha. A maconha ainda está ganhando por 5 a 4, faltam os votos de Luiz Fux e Cármen Lúcia. Mas vejam que interessante: os dois advogados de Lula, Toffoli e Cristiano Zanin, votaram pela criminalização da maconha, assim como os dois nomeados por Jair Bolsonaro, Nunes Marques e o ex-advogado-geral da União André Mendonça.
Mas essa é uma questão que já está decidida no Congresso Nacional. O Supremo deveria simplesmente arquivar a ação porque o Congresso já decidiu, e ponto final. O mais importante, poderoso e democrático dos poderes é o Legislativo, por isso ele está em primeiro lugar no segundo artigo da Constituição: Legislativo, Executivo e Judiciário. Vem por último o Judiciário porque é um órgão técnico, não um órgão político. É um órgão técnico que interpreta a Constituição e não tem voto, não tem a representação do povo; ele é escolhido por aqueles que representam o povo.
Houve até um bate-boca, em que o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, disse que recebeu um telefonema do presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que representa os bispos – não representa diretamente o Vaticano, pois quem representa o Vaticano é a nunciatura. O bispo disse estar preocupado, e que o Congresso já havia decidido sobre o tema. Mas Barroso respondeu “não, o senhor está mal informado. Nossa decisão é administrativa”. André Mendonça interrompeu, dizendo que o bispo não estava mal informado; ele sabia que o Supremo estava querendo passar por cima do Legislativo, essa é a verdade.
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Depois da discussão veio o voto de Toffoli, surpreendendo. Mas, para mim, não tem importância nenhuma o que decidir o Supremo, porque vale o que está decidido no Legislativo: que são crime o porte e a posse de qualquer quantidade de droga. Depois o juiz julga caso a caso, se aplica pena de prisão ou se dá uma correção de preleção, cesta básica, curso contra o vício etc.
PF faz operação contra desembargador acusado de vender sentença
A Polícia Federal foi atrás de um desembargador de São Paulo, Ivo de Almeida, fazendo busca e apreensão no escritório, no gabinete, na casa. O desembargador é acusado de vender sentenças e ainda fazer rachadinha no gabinete. Para mim, é um dos piores crimes o do juiz corrupto. E há várias formas de corrupção para tentar tapear o povo, mas o povo é sábio. Usam indiretas, fazendo esquemas via escritório de advocacia, mandam emissários fazer a cobrança, mas o povo sabe, o povo sente o cheiro – o mau cheiro.
Ativistas ambientais estão dispostos a mudar hábitos ou só querem tumultuar?
Um grupo chamado Just Stop Oil (“parem agora com o uso do petróleo”) invadiu um aeroporto pequeno, onde estava o jatinho de uma cantora que já tinha ido embora, e começou a vandalizar aviões, porque queimam petróleo. O que mais eles vão fazer? Que roupa vão usar? Só algodão puro, lã pura? Que tênis vão calcar? Ou vão calçar só sapato de couro, sem borracha na sola, couro de animal morto? Não vão mais usar caneta, porque caneta tem o plástico, tem a tinta. Não vão comer muita coisa, porque está tudo cheio de flavorizante, corante, conservante, que vêm do petróleo. Vão usar vela, porque na Inglaterra, por exemplo, a energia é ou termelétrica, ou nuclear. Não vão andar de ônibus, nem de carro, para não queimar diesel e gasolina. Não vão andar nem a pé sobre o asfalto. Não vão usar nenhum tipo de cola, de fio, de cabo, de computador. Quanta imbecilidade...
Pesquisas mostram oposicionista muito à frente de ditador Maduro
O jornal El Nacional, da Venezuela, está publicando pesquisas. Oito delas mostram um resultado, e outras duas têm um resultado diferente. Nas oito pesquisas, a começar pela da Megaanalisis, Maduro tem 10% e Edmundo González, 61%. Em outras pesquisas, González continua na frente de Maduro, com intenções que vão de 50% a 61%, e Maduro tem de 10% a 30%. Nas outras duas pesquisas, Maduro tem 52% em ambas, e González tem 16% e 22%. Faltam 38 dias para a eleição, e o que mais Maduro vai fazer, além de prender opositores e cancelar convite para observadores europeus?
