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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Anticovid-19

Vacina da Pfizer não é como outros imunizantes que já tomamos

Pfizer anunciou que, caso consiga resultados positivos em sua busca por uma vacina eficiente para a Covid-19, pretende lançar mão da Autorização para Uso Emergencial do imunizante no país
A ideia do FDA é acelerar ao máximo o processo, mas sem abrir mão das garantias de segurança e eficácia (Foto: Bigstock)

Os laboratórios Pfizer e BioNtech anunciaram que a vacina contra a Covid-19 que estão produzindo tem 90% de eficácia. Segundo eles, o imunizante foi testado em 43 mil voluntários.

Como em todo estudo, metade deles recebeu a vacina e a outra placebo. Somente 94 pessoas tiveram coronavírus. Destas, somente oito haviam realmente recebido o medicamento contra o vírus. Esse é um excelente resultado porque, em geral, uma vacina que tenha mais de 74% de eficácia já é considerada eficiente.

Mas essa vacina não é como as outras que todos nós já tomamos na nossa vida. Para tentar acelerar o processo e diminuir o risco de contaminação em voluntários, em vez de produzirem uma vacina com o vírus enfraquecido, os laboratórios fizeram um imunizante usando o RNA do vírus.

Outro porém dessa vacina é que ela precisa ficar o tempo todo em temperatura baixa, o que atrapalha na logística de transporte. Outro problema para nós, brasileiros, é que os laboratórios fecharam compromisso de entregar a vacina primeiro para outros países.

Além do problema de produção — já que milhares de vacinas serão entregues primeiro para europeus, japoneses e americanos —, ainda será preciso produzir a embalagem de armazenamento, ampolas, agulhas e seringas.

Mortes por Covid-19

De 16 de março até o início de novembro de 2020, segundo os cartórios, morreram 154.796 pessoas de coronavírus, 188.494 de outras doenças respiratórias e 122.628 de diversas causas cardíacas. Por isso, temos que relativizar a importância da Covid-19.

Fux fala com sabedoria

Uma palestra do presidente do STF, Luiz Fux, chamou a minha atenção. O ministro disse que “o uso epidêmico do Supremo é lamentável, é uma doença. Se o partido perdeu na arena própria não tem o direito de provocar o Judiciário para reverter o resultado”.

E continuou: “isso tem ocorrido com frequência. O Supremo não pode intervir na política. Na democracia, a instância maior da política é o Parlamento”. Fux disse isso em referência aos diversos pedidos de partidos para reverter decisões do Congresso Nacional.

Em outro momento, Fux comentou que “não se justifica que a pessoa investigada, denunciada e condenada em primeira instância e no juízo de apelação, sem possibilidade de rever fatos, autoria e materialidade, não teria razão de não se efetivar a prisão”.

Por fim, ele falou que o STF transferiu a competência das decisões sobre o coronavírus para governadores e prefeitos porque os ministros acreditam que eles tenham mais conhecimento local para enfrentar o problema, mas afirmou que, “infelizmente, a corrupção é algo incontrolável nesse país”.

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