Na quarta-feira (22), o presidente da República, Jair Bolsonaro, escreveu um texto – como não tem autor, eu imagino que seja de autoria dele. Bolsonaro se dirige aos que saíram a rua no domingo pedindo intervenção militar.
Ele pergunta: “aqueles que estão pedindo intervenção do artigo 142 da Constituição, antes devem decidir qual general ocupará a cadeira do capitão Jair Bolsonaro”. Depois ele diz “aqueles que pedem AI-5, antes devem mostrar onde está na Constituição o tal dispositivo”.
A pessoa que pede a volta do AI-5 não tem ideia de como foi, o que aconteceu ou por que. Elas não sabem o que nós vivemos na época, não sabem de todas as histórias.
Toda manifestação é justa, diz o texto escrito pelo presidente. “Portanto, vão para as ruas. Mas tenham uma pauta real, objetiva, com foco na missão. Não ataquem presidência, Supremo ou Congresso, mas aquilo que você julga ser mudado”.
E continuou: “exijam ações, cobrem votações, critiquem sentenças e vocês atingiram os seus objetivos”. A nota continua, mas essa foi a parte que eu achei importante porque assim ele já responde de forma antecipada a qualquer problema no STF.
A oposição pediu a abertura de uma investigação para ver se há políticos incentivando um golpe de estado ou alguma situação parecida, o ministro Alexandre de Moraes aceitou esse pedido.
As mortes pelo coronavírus
O Brasil todo tem cerca de 40 mil de leitos de UTI. O mundo, neste momento, está ocupando 56.673 leitos, ou seja, não precisamos nos preocupar com a falta de leitos em UTIs no país.
O número de mortes por coronavírus, na quarta-feira, foi de 165. Na terça-feira tinham sido 166 óbitos. O que quer dizer que o número de falecimentos está se estabilizando. Não há o crescimento exponencial que os “torcedores de coronavírus” estavam desejando.
Em relação as mortes por milhão de habitantes: Bélgica tem 540 – isso porque a população é pequena –, Estados Unidos tem 140, a Espanha está com 464, Itália com 415, França com 327, Reino Unido tem 267 e o Brasil tem 14 casos por milhão de habitantes. Estamos tendo um desempenho razoável em todas as medidas que foram tomadas no país.
O vírus da corrupção
É preciso ter cuidado porque tem um covidão solto por aí. É um vírus horroroso, se chama corrupção. A Polícia Federal montou um grupo especial para vigiar as compras sem licitação e as superfaturadas.
Apelidaram a operação de "coronajato". Esse covidão que colocar a mão no dinheiro da população em um momento que as pessoas estão sem renda e eles ainda querem pegar os impostos.
Vamos abolir os feriados
Fecharam as fábricas, mas cresceu 623% a compra de álcool em gel; 31% o consumo de papel higiênico, dobrou a demanda por produtos de higiene. Se continuar assim, não vai mais ter produto na prateleira para consumo.
Se as indústrias não abrirem, por consequência elas não produzem e as nossas prateleiras vão ficar iguais às da Venezuela e às de Cuba: vazias. A gente tem que pensar como enfrentar esse problema.
Nós estamos parados há um mês. Vocês lembram o que aconteceu com o país quando só os caminhoneiros pararam, agora todo mundo – menos os caminhoneiros, que estão trabalhando – está parado.
Eu vi uma imagem com centenas de caminhões carregados saindo da área de produção para ir para a exportação, a maior parte era para a China.
Vamos abolir todos os feriados que tem daqui para frente, inclusive o próximo Carnaval. Eu estou incluindo Natal, Ano Novo, 7 de setembro, 15 de novembro, Finados também. Nós precisamos passar por cima, porque estamos precisando. Seria bom que nós ficássemos sem feriado até o próximo dia 21 de abril.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião