A Venezuela e o exemplo de um regime que não dá certo

Aqui no Brasil tem muita gente que aplaude o regime venezuelano, coincidentemente também aplaude o regime cubano. Deve ser porque a União Soviética acabou e essas pessoas tiveram que aplaudir outra coisa.

A Venezuela é um grande produtor de petróleo. Era muito mais barato no país encher o tanque do carro do que comprar uma garrafa de água mineral. Diziam, brincando, que era mais barato lavar as mãos com gasolina do que com água.

O país é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a Opep. Só que, com esse regime, as refinarias e os postos de petróleo foram sucateados. Assim, a Venezuela ficou sem gasolina e com carros caros que bebem muito combustível.

Com a falta, o país precisou importar gasolina do Irã. Chegaram dois navios com 1,5 milhão de barris. Hoje eles estão vendendo o produto só em dólar, como se a venezuela não  tivesse mais moeda própria. Cada litro de gasolina custa US$ 0,50, alguns pagam US$ 2,50 o litro porque a venda é clandestina.

Alguns privilegiados têm o carnet de la patria, mas é preciso preencher uma série de requisitos para que ele seja utilizado para a compra de gasolina. Em breve, o produto vai acabar e vai ser necessário comprar mais do Irã.

Cuba está assim também. O sistema não funciona. A China ainda se declara socialista, mas tem uma economia liberal. A gente precisa saber disso porque tem gente que defende o bolivarianismo.

Sem confiança no SUS

Manaus, que estava com muitos casos de coronavírus, está vendo a curva decrescer. Um dos hospitais de campanha já foi desmontado. Mas o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) e a esposa estão com a doença.

Eles, que já estavam internados em um hospital privado, foram de jatinho terminar o tratamento no Sírio Libanês, na segunda-feira (6). Essa é a confiança que os governantes depositam na rede pública.

Desperdício no Tocantins

Em Araguaína (TO) foram encontrados testes de coronavírus novos no lixo. Alguém está desperdiçando um material que muita gente ainda precisa.

Rasgando a Constituição

O jornalista Oswaldo Eustáquio foi solto, mas está impedido de usar as redes sociais, que é o instrumento de trabalho dele. Depois do STF ter rasgado os artigos 5 (liberdade de opinião) e 220 da Constituição (não haverá censura), agora está rasgando o art. 6, que assegura os direitos trabalhistas. Eu não sei o que está acontecendo com o Supremo.

Quadros de Portinari

Depois do mandado de busca e apreensão na casa do senador José Serra (PSDB) e da filha dele, Verônica Serra, suspeita-se que o ex-governador recebeu propina nas obras do Rodoanel Sul, em São Paulo.

Para lavar esse dinheiro ele teria comprado quatro obras de arte do pintor Portinari por 326 mil euros. Apesar das denúncias do Ministério Público, o PSDB disse que confia nele. Serra diz que está indignado com as acusações.