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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Vamos voar mais alto com esse veto

Pousos e decolagens no aeroporto internacional de Curitiba - Aeroporto Afonso Pena - aviões decolando
(Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo)

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a Medida Provisória que abre os céus brasileiros a companhias de capital 100% estrangeiro. Para aumentar a concorrência e ver se barateia o preço da passagem.

Do Rio de Janeiro para Berlim dá R$ 3,2 mil. Do Rio de Janeiro para São Paulo dá R$ 2,2 mil. Você vê que o preço da passagem não é proporcional à distância. Coisa incrível.

Bolsonaro sancionou vetando um jabuti que puseram quando a MP passou pelo Senado, que a bagagem seria isenta em companhias de aviões com mais de 31 passageiros e a bagagem que pese até 23 quilos.

Segundo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica - que cuida da concorrência no Brasil - o usual no mundo inteiro é cobrar.

A isenção desencorajaria as empresas de baixo custo de passagem. Depois disso a gente vai ter que ver como se comportam as empresas.

Claro que o transporte aéreo está sujeito aos seus custos - combustível e tantos outros -, mas também está sujeito à lei da oferta e da procura. Se a oferta for cara e a demanda não conseguir pagar esse preço, naturalmente o preço vai cair porque ninguém quer ser a Avianca.

Coisa que já aconteceu tantas vezes aqui no Brasil, com a Vasp, com a Transbrasil e com a Varig - mas essa parece que tem política no meio igual a Real Aerovias. Vamos ver a prática para saber como caminha esse mercado das companhias aéreas.

Abuso e pornografia

Um médico foi preso pela terceira vez acusado de pornografia e abuso à pacientes, em Belo Horizonte. Ele já não tem mais o registro. Eu não sei por que ele foi preso pela terceira vez, porque no meu entendimento ele devia ter sido preso só uma vez, só a primeira, e depois não sair mais da prisão.

Esse médico tem o recorde de cem vítimas de todas as idades. Ele guardava material dos exames dessas vítimas focando nas partes genitais. Aqui no Brasil é assim. O sujeito é preso várias vezes. O assaltante é preso cinco vezes. Espera aí, ele tem que ser preso uma vez só para não cometer mais.

Vejamos um ex-senador que foi condenado por corrupção porque vendia alvará de isenção para empreiteiras e elas não eram chamadas para depor nas CPIs, como em uma CPI mista e da Petrobras. Tudo isso em nome do povo de Brasília, de quem ele era representante como senador. Ele teve que devolver R$ 7,35 milhões e está em casa depois de cumprir dois anos e meio de uma pena de 11 anos e oito meses.

Será que isso não estimula o crime? Esse senador foi indultado pelo ex-presidente Temer e o Supremo Tribunal Federal achou que o indulto estava valendo.

Outra coisa

Na segunda-feira (17), Sergio Moro estava ao lado do presidente jair Bolsonaro na hora que foi assinada uma Medida Provisória para facilitar o confisco de bens do tráfico.

O dinheiro vai ser usado para o Fundo Nacional Antidrogas, inclusive para recuperar dependentes - que com o seu dinheiro - sustentam o tráfico em um círculo literalmente vicioso.

Por fim...

O ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, disse que a violação da privacidade na Justiça é um caso de polícia e tem que haver prisão dos responsáveis.

Uma boa notícia para a agricultura: na quarta-feira (19), o Plano Safra vai anunciar R$ 10 bilhões de crédito.

E na segunda (17) foi o primeiro dia de entrada de estadunidenses, canadenses, australianos e japoneses que já não precisam de visto para entrar no país. Agora esperamos a recíproca.

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