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Alexandre Garcia

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Eleições

Voto impresso: “Por que a Justiça não quer? É tão óbvio”

Comissão especial da PEC do voto impresso auditável volta a discutir a proposta em 5 de agosto
(Foto: André Rodrigues/Arquivo Gazeta do Povo)

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Uma questão que está sendo discutindo agora, e inclusive pela qual estão preparando uma grande manifestação para o dia 1º, é a transparência da apuração e garantia do voto. É algo tão óbvio, e eu fico me perguntando que intenção têm as pessoas que não querem que a gente tenha segurança no nosso voto e na apuração.

Eu sei que partidos como o PDT, PCdoB, MDB e mais de 70% do Congresso aprovaram três leis que entraram em vigor mas foram derrubadas pela Justiça e que tratam do tema. Por que a Justiça não quer? É tudo tão estranho, é algo tão óbvio. É tão estranho quanto alguém dizer “se você ficar doente, não pode ser tratado logo”. Ou “se você quiser se defender, você não pode se defender”. Há campanhas fazendo isso também, que negam direitos fundamentais.

É um assunto que o povo vai demonstrar o seu apoio nas ruas, e depois vai se discutir isso no Congresso Nacional. É assunto que já foi decidido várias vezes. Já houve eleição municipal, em 2002, por exemplo, em 150 municípios, em que teve voto impresso. Mas depois a Justiça derrubou.

O primeiro projeto, a primeira lei, foi de autoria do Roberto Requião, do Paraná. Depois, veio uma de autoria do Flávio Dino, que hoje é governador do Maranhão, e de Brizola Neto, atendendo a uma luta do avô dele, Leonel Brizola, pelo voto comprovante. Ele não confiava nas urnas eletrônicas. Aliás, toda questão digital não tem 100% de segurança. Só o que está sendo pedido é a segurança.

200 anos da independência do Brasil

Nosso ministro de relações exteriores foi surpreendido em Lisboa por uma pergunta sobre os festejos dos 200 anos de independência do Brasil. Portugal já tomou a iniciativa e se adiantou, nomeando um embaixador especial para acompanhar os festejos, em nome da matriz.

E há um decreto do presidente da República criando uma comissão dos festejos. Mas, até agora, não sei se por conta da pandemia, isso foi paralisado. E 7 de setembro de 2022 está aí, em comemoração de 200 anos que Dom Pedro I separou o Brasil de Portugal, e passamos a ser uma nação independente.

Os EUA fizeram uma grande comemoração no bicentenário. Eu cobri, pelo Jornal do Brasil, o centenário da independência. Os restos de Dom Pedro I vieram de Portugal, percorreram todas as capitais brasileiras. Foi uma comemoração imensa, em 1972, preparada com prazo suficiente para fazer uma grande festa. Eu acho que nós merecemos.

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