A CPI está desperdiçando tempo de investigação ao insistir em negócios que não foram feitos, em compra de vacina que não foi feita, em propina que não foi paga, em tentativas de fraude. Assim foi o caso da vacina indiana, assim é o caso desse grupo que tentou intermediar a compra da vacina que não tinha e quebrou a cara. Apenas registra-se que houve gente que tentou fazer o mesmo com prefeitos, governadores e governo federal, e não conseguiu.
Mas a CPI perde seu tempo quando deveria estar investigando o que foi realmente comprado e o que não foi entregue; o que foi superfaturado. O dinheiro dos nossos impostos que foi usado de forma irregular. Isso é importante, isso é real, isso é materialidade. Hospitais de campanha, proteção individual, respiradores, vacinas... Investiguem isso também.
Mas o pessoal do G7 está gostando do palanque. Inclusive assistindo a algumas cenas lá na CPI que a gente fica descobrindo que é realmente negacionista. São eles! Totalitarismo, ideias totalitárias, e chamam os outros de liberticidas. Ações que são tipicamente fascistas e chamam os outros de fascistas. É aquela história: chame-os daquilo que você é, que atribuem ao Lenin, mas não é.
Dia de aprovar o voto impresso na comissão
Esta quinta-feira (5) é um dia muito importante para a segurança e garantia do nosso voto. A comissão especial vai votar se aprova ou não o quarto projeto que tenta instituir o voto impresso — três anteriores já foram aprovados e derrubados.
Aproveito para contar uma história da antiga Roma nos tempos do imperador Júlio César. A mulher dele, Pompeia, fez uma festa só para mulheres em homenagem a uma deusa. Mas teve lá um sujeito apaixonado por ela, que não era correspondido, chamado Púglio, que entrou na festa vestido de mulher e se fingiu de tocador de lira.
Mas ele foi descoberto e expulso da festa antes mesmo que pudesse importunar a mulher de César. Depois, foi inocentado porque se entendeu que foi apenas uma puerilidade dele, já que não chegou a importunar a mulher de César.
Porém, começou um falatório em Roma sobre porque havia um homem na festa da mulher de César. E aí o que fez o imperador? Divorciou-se de Pompeia e justificou dizendo o seguinte: a mulher de César tem que estar acima de qualquer suspeita.
Então, digo o seguinte: a apuração e a votação no Brasil tem que ser como a mulher de César. Pode estar tudo certinho, mas tem que estar acima de qualquer suspeita. E para isso, basta colocar um aditivo de segurança, que é o que vai ser votado na comissão especial para ver se vai ao plenário da Câmara ou não vai.