André Pugliesi

Na Colômbia, diretoria do Atlético viu o que é realmente “torcida humana”

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André Pugliesi
06/12/2018 20:57 - Atualizado: 29/09/2023 23:39
Albari Rosa/Gazeta do Povo
Albari Rosa/Gazeta do Povo

A primeira final da Sul-Americana teve todos os ingredientes que fazem o futebol ser único. Tensão no gramado e, especialmente, a atmosfera única no esporte. Cenário com uma torcida local enlouquecida em vermelho, branco e azul e, ainda, visitantes briosos, mesmo que em número reduzido.

E o melhor. Nada de confusão. Nem antes, nem depois do duelo. Ao contrário, houve até, algo incomum, aplausos de ambos os lados. Os adeptos de Barranquilla festejaram o comportamento da torcida do Atlético-PR que, ao final do jogo, chegou a entoar “Junior, Junior, Junior”. Veja abaixo.

👏🏼🇧🇷| ¡Gracias por visitar nuestra casa!

Enviamos un saludo a la hinchada del @Atleticopr y agradecemos por su comportamiento en el estadio Metropolitano. La fiesta del fútbol se vive en paz y eso lo dejamos claro anoche.

¡Feliz retorno a Brasil🇧🇷!#VamosJunior🔴⚪🔵 pic.twitter.com/4h1wGQZ2PT

— Club Junior FC (@JuniorClubSA) 6 de dezembro de 2018

Assim que se faz. Amigos, amigos. Torcidas, à parte. Ao longo do trepidante cotejo continental, de ânimos acirrados, como toda decisão, cada representação ferveu em seu setor, divididos, ao lado dos seus irmãos de cor, numa só voz, reunidos para combater no grito na arquibancada.

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Só o normal. Demonstração de civilidade, sem perder a paixão, que a torcida do Atlético também já deu na mesma competição. Quando recebeu amistosamente os venezuelanos do Caracas, no confronto de oitavas. Camaradagem que, certamente, se repetirá no segundo compromisso da finalíssima, na Arena.

Algo completamente diferente da patacoada patrocinada pela diretoria do Furacão em parceria com o Ministério Público do Paraná. O pitoresco conceito, a começar pelo batismo, de “torcida humana”, algo que não pode ser efetivado no torneio por causa de regras da Conmebol.

Uma tentativa esdrúxula de promover segurança no Joaquim Américo infiltrando os torcedores visitantes entre os locais. Um plano de “convivência” desde que o diferente seja anulado: não pode ir com camisa do seu clube, não pode se manifestar etc. Incoerência gritante.

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Trabalhou na Gazeta do Povo entre 2005 e 2023. Cobriu, in loco, o Pan-Americano do Rio de Janeiro, em 2007, a Copa América da Argentina, em 2010, a Olimpíada de Londres, em 2012, a Copa do Mundo do Brasil, em 2014, e a Copa do Mun...

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