Análise

Flamengo pioneiro? Athletico e Coritiba inovaram com transmissão no Youtube “só” há três anos

Por
André Pugliesi
02/07/2020 16:06 - Atualizado: 29/09/2023 23:14
União de Atthletico e Coritiba marcou o Atletiba do Youtube
União de Atthletico e Coritiba marcou o Atletiba do Youtube | Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

Há comoção sobre um suposto pioneirismo da transmissão do Flamengo no Youtube, o jogo contra o Boavista, pela Taça Rio. É evidente que tudo o que o clube carioca faz, ganha enorme proporção, do tamanho da imensa torcida rubro-negra.

Movimento flamenguista na guerra com a Globo pelos direitos de TV que, de inovação, não tem nada. Entre clubes brasileiros de elite, Athletico e Coritiba fizeram o mesmo há três anos já, com jogos no Youtube e Facebook.

Pelo Paranaense de 2017, os rivais veicularam o Atletiba da primeira fase e, ainda, os dois jogos da decisão, conquistada pelo Coxa. As razões? Algo parecido: rompimento com a Globo, discussão sobre valores das transmissões, busca por alternativas.

Claro, os números de audiência não se comparam aos alcançados pelo Fla. O cenário era, também, radicalmente diferente. Os clássicos foram abertos ao público e se alguém sugerisse que em 2020 haveria uma pandemia que confinaria a todos em casa seria taxado de maluco.

Assim, o primeiro Atleitba decisivo, por exemplo, obteve apenas no Youtube cerca de 545 mil visualizações na soma dos canais oficiais dos clubes. Com picos de audiência simultânea de 17.190 pessoas entre atleticanos e 13.798 de coxas-brancas.

As marcas do Rubro-Negro carioca são, naturalmente, bem mais expressivas. De acordo com o presidente do clube, Rodolfo Landim, a transmissão da Fla TV superou 14 milhões de visualizações e teve pico de audiência de 2 milhões de usuários simultâneos.

O que virá depois? Ainda é cedo. Athletico e Coritiba, posteriormente, se viram engessados pela legislação vigente, por contratos já assumidos e, especialmente, barrados pela dificuldade em faturar com as transmissões, digamos, "independentes".

Pôr no ar é simples. Uma produtora de TV assume e, desde que ninguém puxe o cabo da internet, o jogo se espalha pela web. O difícil, para usar o termo do setor, é "monetizar" e, ainda mais complicado, alcançar o patamar que a TV paga pelos campeonatos.

São desafios que estão abertos, como nunca, com a perspectiva do novo regime de direitos de transmissão proposto pela MP 984, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro. Medida provisória que empurrou para o clube mandante os direitos de transmissão do jogo.

E aí, mais do que quais times abriram essa trilha, o importante será como as transmissões de futebol pela televisão, computador e celular, via streaming ou não, vão ser realizadas no futuro. Ainda vamos falar muito sobre isso.

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Trabalhou na Gazeta do Povo entre 2005 e 2023. Cobriu, in loco, o Pan-Americano do Rio de Janeiro, em 2007, a Copa América da Argentina, em 2010, a Olimpíada de Londres, em 2012, a Copa do Mundo do Brasil, em 2014, e a Copa do Mun...

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