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Ele vem recebendo suporte de grandes artistas mundiais e com sua música tem conquistado cada vez mais o ouvido dos mais aguçados.

Entrevistamos o DJ Kaiq, curitibano que se apresenta no Warung Beach Club

(Foto: Foto: Divulgação)

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Você discoteca e produz as suas próprias músicas há quanto tempo ? 

Meu pai teve um karaokê bar por volta dos anos 2000, e eu naquela época conheci um grande amigo que também é Dj, o Adriano Costa, então com o incentivo dele comecei a comprar cds na antiga Doctor Disco, no centro de Curitiba. Nos intervalos das músicas do Karaokê eu tocava, devia ter meus 12 anos de idade, era muito divertido. Foi então em 2008, que fiz curso de produção musical na Aimec, o que me trouxe uma visão profissional e a importância de produzir minha própria música.

Como você caracteriza o som que vem tocando e produzindo hoje em dia ? 

O que venho produzindo e tocando são músicas que vão do Minimal ao Tech House, com influências latinas e groove dançante. Hoje em dia venho buscando sons mais atmosféricos, explorando mais synths a minha produção.

Quais as maiores dificuldades que um produtor musical precisa enfrentar nos dias de hoje ? 

Para quem já tem uma certa experiência, uma das grandes dificuldades é chegar ao nível das grandes produções mundo a fora, as referências. Muitos bons produtores que estão no alto escalão, utilizam estúdios com diversos equipamentos analógicos, que custam caro mas elevam a qualidade. Então o grande desafio é fazer o melhor com o que se tem na mão, já que o Real é desvalorizado com relação ao Dólar ou Euro. Eu posso dizer que meu maior desafio foi esse, todos os suportes que tive no inicio da minha carreira foram sem a utilização de controladora, teclado, monitores de áudio, era tudo feito com um notebook e um fone. As notas de synth e contrabaixo eram feitas no teclado do computador, e quando eu percebi que com pouca coisa estava com suporte de nomes como Dubfire, isso me deu coragem e força para seguir em frente. Ainda não possuo equipamentos analógicos, o que ainda é uma meta, mas a oportunidade de hoje produzir com teclado controlador midi, monitores de áudio, e Ableton Push, me ajudam a explorar melhor minha criatividade. 

Já faz um tempo que o DJ italiano Marco Carola vem lhe dando um suporte muito especial em suas tracks. Como conseguiu chegar até ele ?

Eu tive um lançamento pela Aula Records da Hungria, a track "French Indian" ao lado dos meus amigos Adriano Costa e Nickolas Lacerda (Nik Ros), era em 2013, e a gravadora enviou a track para o email dele, e ele tocou. Eu acredito que para chegar até o Marco foi um pouco de sorte, pois ele deve receber inúmeras promos diárias, ao mesmo tempo o estilo de produção é similar e caiu no gosto dele, já foram mais 15 produções ao longo dos anos que tiveram seu suporte, mas não sei dizer ao certo todos os motivos pra isso ter dado certo.

Existe outros DJs internacionais lhe dando suporte ? Quem ? 

Sim, entre eles estão Luciano, The Martinez Brothers, Waff, Oxia, Claptone, Joey Daniel, Chus & Ceballos, Hot Since 82, Markus Homm, Hugo Bianco, Nick Curly, Bob Sinclar, Stefano Noferini, entre outros.

Acha importante realizar colaborações musicais com artistas locais ? Mencione algumas que você realizou e o porquê de realizá-las. 

Considero importante sim, é muito bom compartilhar conhecimentos e aprender um com o outro. Ultimamente venho fazendo colaborações com o Albuquerque, e todas as produções vem dando bons resultados, conseguimos lançar na Get Physical da Alemanha, e isso era um grande sonho. Essas colaborações são importantes para se unir forças e correr atrás de algo grande. Outro grande exemplo foi um ep que fiz ao lado do Wilian Kraupp, fechamos o release na Stereo Productions, uma label gigante do mercado. Outro ponto que eu gostaria de acrescentar é a importância de se colaborar com artistas de outros países, foi dessa forma que considero que elevei meu nível de produção, são outras escolas, outras técnicas, outras visões.

E a expectativa para se apresentar no Warung Beach Club ? Para muitos DJs, tocar no Warung significa a consagração na sua carreira.

Warung é um sonho, desde a primeira vez que estive lá me apaixonei pelo lugar, o conceito, a qualidade, pessoas bonitas, clima de praia. Tocar lá é algo que me gera muita expectativa, já imaginei esse momento diversas vezes e agora chegou a hora. Eu estar abrindo os trabalhos da noite, preparando o clima necessário para o headline, que é o Marco Carola, sem dúvidas uma noite emocionante.

E os planejamentos futuros ? O que podemos esperar do Kaiq para 2020 ? Novos lançamentos ? Selos nacionais, internacionais ? 

Estou com planos de viajar mais e levar minha música cada vez mais longe, meus próximos lançamentos incluem um EP na Radiola Records, com remixes de Deeno, Rone White & Alessandro Diruggiero, tenho uma colaboração com o Albuquerque saindo pela Cocada, temos a track "Thrilling Me" saindo por um selo mundialmente conhecido do House,do qual ainda não posso revelar e recentemente finalizei uma colaboração com MrT & SimoV, na qual ainda não decidimos o selo. 

Você está sendo agenciado por alguma agencia aqui no Brasil ? Onde iremos lhe ver tocando nos próximos meses ?

Não tenho contrato com nenhuma agência no momento, e será possível me ver tocar no Warung Beach Club no dia 23 de Fevereiro, no Clube Inbox no dia 29 de Fevereiro, início de abril na festa Ilha de Lost 3, que fica na Ilha do Mel /PR, além de outras datas que estão em negociação.


Mais infos
https://www.facebook.com/Kaiqdj

https://soundcloud.com/kaiq

Warung Beach Club https://www.facebook.com/events/2462109104029282/

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